segunda-feira, 8 de setembro de 2014

"Lembrei de alguém que não está mais com a gente".

Repetidas sonoridades à francesa, acompanhando uma tempestade de despedidas de desconhecidos a um irmão de rodas, desconhecidos ao prazer de conhecer, mas íntimos quanto o prazer do "rolê" e partilhar dos sonhos.
Pelas palavras dos mais chegados era bastante amado, e ainda o é em cada coração d'outro. Ainda ontem foi citado a sentença, "morra como herói, ou viva tempo bastante para se tornar um vilão". Não que o posto heroico seja bom ou ruim, longe de qualquer dicotomia, até mesmo de vida e morte, até porque, o coração pode não mais bater, mas a vida sempre existirá no existir do outro. E se existe pelo outro, é porque foi eterno em sua breve existência de 17.
Entristece-me saber que nosso querido cerrado não foi digno de sua vida plena, que um outro o tirou do maior ofício social. Que pelos chãos que passastes com as rodinhas acomodará seu corpo a partir de então.
Desconheço "pr'além"  dessa etapa, mas a desejo da melhor forma possível, se é que da pra ser. Agradeço por representar nossa "classe", está marcado e marcou por isso. Salve!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O menino deixa os 17, mas os 17 não deixa o menino e vice-versa.

*Escrito na madrugada do dia 11/08. Hoje dia 11 de agosto de 2014 é sem dúvida um marco na vida do menino, seja no pleito simbólico ou concreto. Hoje assumo uma postura social diferente da qual ocupava, tanto para o imaginário social como para a sociedade civil, tendo a possibilidade de novos gozos e também consequências. Apesar dos novos 18, ainda quero falar dos 17, não que seja uma obsessão por tal, mas apenas uma ressalta de gratidão rs. O meu intuito em criar o blog com o título de ' ele é menino, só tem 17' deve-se ao fato de que em muitas situações a contribuição da menoridade é irrelevante, ora pelo posto social ocupado, outrora pela não exerçam de determinadas atividades, essa foi uma forma de tentar romper alguns paradigmas da imaturidade e em outros momentos afirma-la. Uma forma de ser ouvido, de ter um discurso relevante, de poder gerar reflexão. 
Imagino ter sido eficaz em meu objetivo, a magia da escrita me atendeu em diversos momentos, desde o peso até a leveza, e como me sinto leve, e sou grato por sentir. A escrita me serviu em ocasiões de sufoco e euforia, da agonia pré-vestibular a belas comemorações. Os 17 é uma idade muito gostosa, imagino que do meu modo tenha aproveitado bastante, e ainda o vou, porém agora com a soma de um ano a mais, ainda poderei fazer várias pontuações desses anos, afinal os tenho em mim. De todo modo é sempre bom crescer, não que a idade seja o modo de dotar crescimento, mas em parte contribui. E como tenho crescido! Me sinto realizado ao debruçar o olhar para trás, e mais ainda, ao mirar os olhos para frente enxergo muita perspectiva, pela fresta da janela de um ônibus de viagem as 4 e 45 da manhã a quase mil quilômetros do ninho e do que ele cerca fisicamente para mais um semestre, vejo um mundo de possibilidades esperando por mim, para ser vagado, admirado e amado. Enfim, tenho muito a conhecer, a aprender, a apreender, desde que uma moça portuguesa simpática que adora postais reprova determinadas movimentações históricas de seu povo, até que um rapaz que gosta de laçar e rodeio pode ter ideias bacanas, aprendizado de viagem. Só tenho a agradecer por estes anos, pelo cativar de cada ser que tive oportunidade de conhecer, que venham os 18, mas que não se vão os 17.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Em nome de quem? Eu só peço a ...

Confesso que sempre quando ouço a expressão " Em nome de ...", tenho certo receio, pois para mim cai como justificativa de uma ação ou profecia que desencadeia comportamentos, e estes serão pautados na integra como vontade de tal divindade/entidade, desconsiderando a invalidade e/ou cunho maléfico.
Outra grande questão relacionada a isso é a limitação que normalmente é exercida por essa expressão, porque ao proferir a frase há um direcionamento para um único ser, excluindo todos os outros possíveis seres, e até mesmo instituído um para os que não crê.
Entretanto o "não expressar" pode ser uma afronta para quem possui a crença, e não deixa de ser uma limitação. Sendo assim, enxergo um empasse no que diz respeito a essas situações e acredito que há locais e momentos "mais pertinentes" para tal, que carece do senso individual como norteador.
Com tantos conflitos turbulentos e massacrantes acontecendo pelo mundo, eu só peço a paz, muito amor e mais humanidade por nossa parte, em nome de qualquer Deus/deus, de qualquer forma, quantidade ou inexistência.
Essa música me levou a escrever, muito bonita/interessante por sinal:

"Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia 
Solitário sem ter feito o q'eu queria
Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria
Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucada brutalmente
Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda fome e inocência dessa gente

Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente

Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganando
Pra viver uma cultura diferente"
Peço para que quem leia atribua a sua crença, caso não tenha, fica ainda mais livre a atribuição. Mas aprecie bem a letra.
Afastai-nos da indiferença a frente de tanta crueldade e falta de humanidade protagonizadas por nós.

Desculpem-me os que sentirem-se ofendidos, este não é o intuito, sendo a reflexão almejada. 

Estou tendo.

Saudade... É, saudade. Você está, ou tem?
Vejo muito dizerem que estão com saudade, mas prefiro dizer que tenho saudades, da um ar de propriedade, que está estreitamente vinculada a minha pessoa para com algo, que é meu porém despertado por algo, ai então sentido.
Porque o estar, pode ser passageiro, assim como eterno, não vou me intervir no seu sentir.
* Até aqui foi escrito no dia 30/07.

* Hoje é 04/08 e ainda tenho, sinto e reflito sobre saudade.
Algumas pessoas utilizam a ducha para tomar banho, outras para cantar, hoje além de "brincar" com água e energia exercitei a reflexão. O que me veio a pensar foi em relação a saudade, que não ouso a dizer o que seja, a única certeza que tenho é a de ser um sentimento e muito além de apenas um sentimento.
Acredito que seja  algo constante, que temos não só na despedida, mas tão quanto ou até mais no encontro, pois é onde surge a primeira possibilidade de uma distância que possa evidenciar a saudade. Voltando pela constância, a que está em todo o momento existindo e sendo sentida, porém só é citada quando o ser/objeto não está mais (tão) presente. Para alguns pode soar um pouco "maluco" sentir saudade do que está próximo, afinal, está próximo. Prosseguindo audaciosamente (rs), a saudade é uma forma de amar, a saudade é amar, só não sei se o amor está na saudade, ou a saudade está no amor, mas creio que sejam complementos essenciais de uma preciosidade inestimável.
A saudade não discrimina, ela é sentida por todos e para tudo. Sejam físicas ou não físicas, além de qualquer limitação.
Caçando versos sobre saudade, reencontrei e identifiquei com este:
E é só você que tem 
A cura do meu vício 
De insistir nesta saudade
Que eu sinto de tudo
Que eu ainda não vi.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Você é o que defende, ou defende o que é?

Por possuir posicionamento político, no que trata-se de debates e discussões, acabo que entrando em várias delas, em posições e condições das mais diversas, além de replicar certas inclinações em redes sociais na forma de discurso. E constantemente um dos argumentos proferido a minha pessoa é o de "então você é ...". Não! Não sou, e não teria problema algum em ser ou parecer ser. 
Este é o motivo do título " você é o que defende, ou defende o que é?", para defender o movimento de mulheres que luta pela igualdade de gênero e autonomia da mulher, não preciso ser mulher. Para defender a liberdade sexual e afetiva de casais homoafetivos, não preciso ter relações homoafetivas. Para defender igualdade racial e ser contra qualquer discriminação de tal cunho, não preciso carregar na pele a tonalidade escura. Para defender a causa indígena de reapropriamento de suas terras sagradas, não preciso ser indígena nato. Para defender que pessoas em condições de rua deva possuir moradia digna, não preciso estar na mesma condição. Para ir contra o sistema vigente, não necessito ir para outro país. 
Para defender pessoas que encontram-se em vulnerabilidade econômica, não preciso estar na mesma situação.
Até mesmo porque posso não me enquadrar nestes padrões, mas partilho de determinadas semelhanças, assim como muitos, além dos ideais. No caso das mulheres, a única distinção é um cromossomo Y ao invés de dois X. No caso de homoafetivos, a única distinção é possuir relação heterossexual. No caso dos negros, a única distinção é a tonalidade da pele, por fatores genéticos relacionados a melanina, que apesar de não ser expressa fenotipicamente, estar implícita no meu genótipo. No caso dos indígenas, a distinção está relacionada a "descendência direta", pois habito as mesmas terras e possuo descendência em grau mais distante. Entre outras situações de semelhanças. 
O fator de maior expressão está relacionado a essência, o ser humano, partilhar a mesma espécie, esse fator tem extrema relevância ao determinar a legitimidade de minhas causas. E se para que você defenda algo necessita se enquadrar nos padrões que defende, para mim chama-se apenas interesse, na mais baixa relevância do termo, o que ultrapassa essa zona, colocando em evidencia, para mim, chama-se ideais, e são por eles meus discursos, ou melhor, pelo que eles possam vir a resultar. 

terça-feira, 22 de julho de 2014

Qual a graça da desgraça?

Depois de alguns meses tenho o desprazer de assistir o jornalismo sensacionalista estúpido que é realizado pelo programa "Cidade alerta" da TV Record. É entristecedor ver que a ignorância continua sendo propagada da mesma forma mesmo tendo se passado alguns meses, aquele típico jornalismo medíocre que "sensacionaliza" as desgraças sociais de nosso país, que trata de forma naturalista situações horripilantes e ainda faz piadinha com as mesmas, que infelizmente por seu status de hospedagem torna-se formador de opinião aproveitando da fragilidade de esclarecimento de boa parte da população. 
A mocinha, âncora (temporária pelo que percebi), com seu blazer de tonalidade mostarda, que ostenta com gosto o sapatinho novo, emiti um discurso nada elegante. Ao relatar um evento onde um cidadão encontra-se chorando após ser detido cometendo crimes, ela inicia um diálogo não recíproco com a figura da filmagem do indivíduo, e sua fala tem predominância de consequências do ato do rapaz para a sociedade, mas em momento algum, em nenhum momento, questiona ou sequer elucida as consequências da sociedade para o ato do indivíduo, demonstrando erroneamente que o indivíduo atua na sociedade, mas a sociedade não atua no indivíduo. Um pensamento simplista, sensacionalista, que visa apenas os interesses da emissora na conquista do público. 
A postura de todo o corpo que compõe o programa e até mesmo da emissora, é digna de nojo e total repulsa por minha parte. A degustação das desgraças da sociedade por esse tipo de trabalho é uma afronta a todos os direitos legitimados pela declaração universal dos direitos humanos, já que a função destes jornais é unicamente de fazer grandes circos com tragédias. Nesse raciocínio as desgraças da sociedade são eventos benéficos para esse tipo de jornalismo, pois degustam de tais, e se eventualmente esses casos fossem extintos esses programas não teriam com o que "sensacionalizar'", os urubus teriam que procurar outra carniça, logo possuem função de manter essas atrocidades. Fazendo uma breve comparação, na copa quando ocorre invasão de campo, a televisão imediatamente volta a câmera para outro lado e não mostra o ato, com justificativa que isso contribui de forma a incentivar que atos semelhantes aconteçam, trazendo isso para a mediocridade realizada por jornais sensacionalista, além de transmitir fazem um showzinho do evento, dessa forma fica o questionamento, qual o peso dessas situações para a sociedade, e até que ponto podemos aceitar isso, lembrando que esses programas não passam de produtos que nos são vendidos, o que me faz temer por ser um reflexo da sociedade, se é vigente pessoas partilham desses absurdos, que em minha concepção se da pela ignorância mantida intencionalmente. 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Doutrum dia.

Hoje arrumei-me como se
esperasse por alguém

Entoei uma canção como se
destinasse a alguém

Então vi que era para mim,
Contemplei-me com afagos.

Distribuindo sanidade.

Primeiramente, como é bom estar em casa! No centro da cidade de casa, e até mesmo no transporte público da cidade de casa (rs). 
Em poucos minutos de perambulo pela cidade tive a atenção voltada a uma cena incomum. Um homem, aparentemente em condições de rua, caminhava com suas vestes precárias, barba e cabelos longos, mas o que me chamou atenção foi seu calçado, um tamanco, sim! um calçado tipicamente feminino.
Por onde passava todos os olhares, inclusive o meu, voltavam-se para esse cidadão, as expressões eram por maioria "que louco!", diria que ele poderia ser louco por qualquer outro motivo, menos por aqueles! Loucos são os que contribuem para situações como está, onde o indivíduo não escolhe nem mesmo pela padronização. 
A escrita não chega muito mais de 17 frases, com dias contados os anos do menino continuam o mesmo.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Qual a rela(FUN)ção entre discriminação e hierarquia?!

A intenção é exatamente provocar a reflexão do motivo da existência de práticas discriminatórias. E relacionar com o que conhecemos por hierarquia. 

Para começarmos tomemos conhecimento do significado das palavras, discriminação (no âmbito da sociologia) e hierarquia, após essa absorção façamos as devidas observações.

A discriminação refere-se a atitudes que prejudicam os sujeitos pertencentes a determinados grupos sociais e resulta de processos sociais que molestam os membros desses grupos. O gênero, a etnia, a raça, a nacionalidade, a religião têm sido ao logo da História algumas das categorias relativamente às quais se verificou discriminação.

Hierarquia é a ordem que existe de forma a priorizar um membro, poderes, categorias, patentes e dignidades de suas organizações: a hierarquia eclesiástica. Qualquer classificação que tenha como base as relações entre superiores e dependentes. 

Agora que sabemos os significados das palavras, iniciemos as reflexões. Para que exista uma hierarquia e para mantê-la vigente em constante funcionamento é necessário que haja discriminações ao que diz respeito às demais formas de ser/agir. Se há igualdades entre as partes não existe hierarquia, pois não há motivo para estabelecer graus de superioridades quando todos possuem a mesma patente. Sendo assim as discriminações existem em função da hierarquia, não possuindo outro real sentido existencial a não ser de hierarquizar.

Por que há a discriminação de gênero (sexismo)?  Pela implantação da hierarquização na estrutura familiar/social, a qual o homem estaria no topo.

 Por que há discriminação do sexo feminino a não ser para que haja a hierarquia familiar/social? Não há outro motivo, pois ambos são da mesma espécie, e apenas se diferem na função reprodutora.

Por que há a discriminação de raça (racismo)? Porque historicamente os europeus no período de expansão territorial depararam-se com os indivíduos negros (África), com o intuito de dominá-los e apropriar-se de suas riquezas (roubá-los) implantaram a hierarquia racial.

Por que há a descriminação racial a não ser para a hierarquização?  Não há outro motivo, pois todos são seres humanos, e apenas se diferem na tonalidade da pele.

Por que há a discriminação religiosa? Porque historicamente a religião é utilizada como aparato de dominação sendo também uma forma de poder, e os povos dominadores perpetuavam sua religião atribuindo invalidade para as outras crenças.

Por que há a discriminação de orientação sexual? Por ser uma prática que vai contra os dogmas religiosos, que por ser um poder hierárquico possui força e discursos legítimos.

Por que há a discriminação de classes?  Porque para manter uma hierarquia econômica foi necessária a implantação da discriminação entre classes sociais.

Descrevi de forma simplista os principais tipos de discriminações, porém nossa sociedade é repleta de outras, por haver inúmeras situações hierárquicas. Afirmo que onde houver hierarquia haverá discriminações. Todas as instituições são constituídas por hierarquia como modelo estrutural, por esse motivo é condicionada as discriminações, em uma concessionária de veículos o vendedor é constantemente discriminado por aqueles que possuem cargos “superiores” na hierarquia. Em uma instituição escolar o professor é submetido a propagar apenas os conteúdos/conhecimentos que são consentidos por aqueles que possuem “superioridade” na hierarquia.

O próprio modelo social é constituído por hierarquias, por esse motivo a formação dos indivíduos socialmente é atrelada como formas discriminatórias.

Como essas discriminações perpetuam-se ao longo do tempo se nem todos são homens/religiosos/hetéros/europeus/ricos? Por justamente esses indivíduos detentores dessas características estarem no topo da hierarquia, por isso possuem diversas formas de propagar suas discriminações até que se torne algo normativo ao ponto de os discriminados tornarem-se discriminadores. Nesse momento minhas reflexões entram em conflito, pois mesmo quem devia repudiar discriminações são discriminadores.

Um discriminador é menos culpado por sua ignorância? Fica este questionamento.

É evidente que as formulas de implantação e manutenção de discriminações é extremamente bem articulado pelos que estão no alto da hierarquia, pois são os detentores dos veículos de comunicação, das composições políticas do núcleo que forma o Estado, de grande parte do capital, entre outras das principais ocupações da sociedade.

Seguindo esse raciocínio discriminações não passam de construções com finalidade de implantar hierarquias.


O guri dos 17 reflete, propaga, constrói, desconstrói, discrimina, vive em busca do dito utópico.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A identidade dos 365 poemas.

 O que é identidade? Qual sua identidade? Sua identidade é sua? Sua identidade é de quem? Onde é sua identidade?

s.f. O que faz que uma coisa seja da mesma natureza que outra. / Conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa (nome, idade, sexo, estado civil, filiação etc.): verificar a identidade de alguém. // Identidade pessoal, consciência que alguém tem de si mesmo. / Matemática Igualdade (que se indica =) cujos dois membros tomam valores numéricos iguais para todo sistema de valores atribuídos às letras. (A identidade difere da equação, que só se verifica para certos valores atribuídos às letras.) // Bras. Carteira de identidade, cartão oficial com fotografia, nome, impressões digitais etc., do portador, o qual serve para sua identificação; em Port., bilhete de identidade. // Princípio de identidade, princípio fundamental da lógica tradicional, segundo o qual "uma coisa é idêntica a si mesma"

Eu diria que pessoas não são dotadas de identidade, mas de aptidão para agregar a si identidade de determinados locais. Ao decorrer da vida somos confrontados com diversas identidades, pelo caminho vamos agregando a nós, ou perpetuando-a conforme a relevância e interesses temporais. Posso estar totalmente errado, mas isso não importa, na verdade nada até agora desse texto importa, é apenas um pretexto para tocar em um assunto. Havia um tempo, recente de minha vida, que me situava em um espaço cercado por paredes, janelas, portas, portões, GRADES! Que saudade eu sinto desse lugar! Ou melhor, da identidade desse lugar, ou das identidades desse lugar, constituído de pessoas, de pessoas especiais, e como essa identidade era formada? Diria que por pessoas, mas é meio contraditório dizer que pessoas não possuem identidade e que as pessoas é que constituem as identidades, né? Eu também acho, deixa isso para outrora. Voltando ao lugar, ao magnífico lugar, nesse lugar havia/há pessoas que gostaria de destacar, mas neste momento em específico uma pessoa, um garoto franzinho, aparentemente despreocupado com os esteriótipos que a ele eram lançados, mas não havia esteriótipo capaz de defini-lo, nem de chegar próximo ao seu ser, volto a dizer, um garoto franzinho revolucionário, onde já se viu isso? Um guri disposto a mudar o mundo armado com flores, com flores de poema, poema de flores, rosas e perfumes, inacreditável, não? Se eu não tivesse tido o prazer de tê-lo conhecido não acreditaria nessa história. Esse rapaz me ensinou uma das coisas mais sábias que tive a oportunidade de agregar a mim, foram os simples e magníficos três pilares: amor, confiança e esperança. Essas 3 palavrinhas são a chave de tudo, faça tudo com elas, e elas faram tudo com você. Quando estiver perdido, lembre-se desses pilares, está bem meu amigo? Mesmo que não estiver bem... Lembre-se dos seus pilares, dos nossos pilares, dos nossos sonhos, dos nossos céus, das nossas estrelas, das nossas lembranças, dos nossos almoços ás alturas. O acadêmico de física que muita das vezes deu conselho ao de psicologia, que coisa não? Um grande abraço meu amigo, saudade lá pelas tantas, não se esqueça do lema, "mudando o mundo transformando pessoas", eu não me esqueço. Então como mudar a identidade das pessoas, na tese seria mudando o mundo, mas já que é um processo por que não podemos invertê-lo? Claro que podemos e iremos. Os 17 ainda são os mesmo, é obvio que não, nem mesmo o menino é o mesmo.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Curtisidade do distante: qual o valor da distância?

"Curtisidade" derivada do latim 'curtis' e do grego 'idade', brincadeirinha, mas emprego esse termo no sentido do ato de curtir, neste caso o ato de curtir o que está distante. É algo que em minha opinião possui certa relevância. De forma vulgar seria, gostar de algo que até então não se tem acesso, não há um contato próximo/intimo.

Está ligado ao fetiche, ao desejo e a agregação de valores supostamente inexistentes. Normalmente funciona da seguinte forma, quando queremos algo criamos um fetiche sobre esse algo agregando determinado valor que talvez nem possua, mas que por conta do desejo acaba sendo incorporado esse valor. Nota-se que há uma relação entre as atribuições citadas, formando um único conjunto.

 Com essa fórmula podemos exemplificar, pense em um aparelho celular, a acerca desse aparelho é criado todo um fetiche, neste caso juntamente com a publicidade das empresas, dessa forma há uma agregação de valor sobre o objeto que resulta no desejo de comprá-lo. O valor desse objeto tem maior proporção até que esteja distante do consumidor, seja na loja ou na mão de alguém e quanto maior a dificuldade de adquirir o objeto, maior é o valor agregado, o desejo, ou seja, a distância ajuda na aquisição de valor da 'coisa'. Quando o objeto é alcançado com o tempo seu valor vai diminuindo, isso acontece pelo fato da distância ter valor.

Um exemplo similar são os vestuários, como calçado e  roupa, até que a peça esteja na vitrine o seu valor (não o financeiro, mas o resultante do fetiche) é imenso, a partir do momento que a peça é adquirida de forma gradual seu valor é reduzido. No caso do calçado nos primeiro dias é guardado até dentro da caixa, dois dias após a compra está em qualquer lugar, menos na caixa.

A intenção é evidenciar as formas de valorização e desvalorização. Suponho que existe o tal consumismo justamente por isso, por nunca ficarmos satisfeito com o consumo atual, sempre precisamos de mais, e essa tentativa frustrante a procura da satisfação gera o consumismo. Afirmo que se há uma possibilidade de satisfazer completamente um indivíduo, essa não seria através do consumo material.

Não paramos por aqui, ao menos não eu, esse mesmo modelo acontece entre as relações interpessoais.

Uma forma simples de exemplificar seria em uma 'paquera', quando nos interessamos por uma pessoa criamos um fetiche, consequentemente a agregação de valor a essa pessoa, que somando tudo compõe o desejo, mas quando enfim conseguimos ter uma relação afetiva com a pessoa mesmo que seja tudo aquilo esperado e as vezes mais, acabamos que por descuidos fazendo e demostrando a perca de valor da pessoa (não é uma lei para todos os casos). Deve ser por isso que há tantos relacionamentos marcados por términos, o 'descuido'(desvalorização) contribui para o enfraquecimento da relação culminando no término.
O objetivo central foi ressaltar a supervalorização do que é distante, o que está longe, as vezes o 'inalcançável'.

Agora explicando a utilização do termo 'curtisidade'. A rede social de maior movimentação é marcada por uma ferramente denominada no português como 'curtir'. O sucesso dessa ferramenta está intimamente ligada com a tese desse texto, pois o que é curtido na rede social é algo que está longe, por mais perto que esteja está sempre longe, é por isso faz tanto sucesso, assim como os exemplos citados no texto é resultado da valorização da distância
.
Não é possível dividir 17 por 2 e dar um número inteiro, o menino pode trazer luz ou confusão, cabe ao consumo do leitor.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Higiene social.

O que vem em sua mente ao ler essas duas palavras juntas?
Em primeiro momento talvez possa parecer um pouco estranho, mas com reflexão da para ter noção do que se trata, pois está intimamente ligado ao nosso cotidiano. 
Neste caso essa denominação é utilizada no aspecto literal das palavras mesmo, seria uma faxina na população, de forma que force a padronização generalizada. 
Como assim?
É simples, é constituída de forma imposta (diretamente e/ou indiretamente) um modelo ideal de pessoa ou modo de pensar, as pessoas que diferem dessa forma são forçadas a se adaptarem, caso contrário são extremamente reprimidas pela sociedade chegando até ao ponto de exclusão da mesma.
Um exemplo: O modelo ideal de corpo dos últimos anos. Atualmente o padrão passa por uma transição, antes(recentemente) o corpo ideal seria o dito 'magro', este tem se modificado para o "marombado". Ambos são produzidos, mantidos e estimulados pelo mercado de consumo, é uma ferramente extremamente eficaz para a incitação do poderoso consumismo. Desse modo as vestimentas da moda giram em torno dos padrões, sendo assim, apenas quem enquadra-se nesses padrões seriam caracterizados como "na moda", aqueles que não encaixam-se nesses padrões sofrem repressões físicas e morais ao ponto de querer a todo custo fazer parte desse grupo, algo que não é fácil pois cada ser é único, nesta ocasião os organismos são diferentes assim como as pessoas de modo amplo, o que pode acarretar em doenças por conta de medidas insensatas/desesperadas. Esses fatos sustentam a tese de que não poderia haver um padrão, mas essas ideias não são aceitas por não serem rentáveis para o mercado. 
Para ocorrer a padronização são criadas diversas medidas que também geram lucro, como no caso do peso a criação de academias, medicamentos, entre outras. Nota-se que não são os produtos que adaptam as pessoas, mas as pessoas que devem adaptar-se aos produtos. Estranho, não? Além de haver um custo financeiro para a aquisição do produto ainda deve ocorrer a adaptação perante o mesmo. 
Isso caracteriza a higiene social, pegar o que é diferente e de todas as formas possíveis tentar eliminá-lo ou adapta-lo ao dito normal. 
Podemos partir para outro exemplo.
Algo que ficou mais próximo a mim de algumas semanas para cá. A questão indígena, nesse caso é formado caracterizações normalmente deturpadas da realidade para gerar um repúdio do restante da sociedade. Qual interesse nisso? É extremamente útil para os grandes "proprietários" de terra, demonizam a imagem do índio ao ponto da sociedade adquirir repúdio pela figura indígena, dessa forma torna-se fácil a atuação dos "proprietários" de terras na hora de apropriar-se das terras indígenas. É criado um esteriótipo extremamente negativo a cerca das comunidades indígenas com o intuito de marginalizá-los, com a criação desses esteriótipos e alegação da isenção dos mesmos na geração de capital tornam-se totalmente vulneráveis ao sistema, que caminha pela extinção cultural, uma perca imensa para a sociedade brasileira e mundial.
Não há exemplo mais claro de higienização do que a atuação de Hitler da Alemanha nazista, é certamente o evento mais evidente de higienização social, nesse caso foi empregado o termo "purificação da raça", um sinônimo do título desse texto. 
A ideia do texto é evidenciar algo que é totalmente destrutivo para sociedade, que está constantemente presente no cotidiano. Essas denominadas minorias estão exposta ao sofrimento a todo momento, desde um olhar até uma fala preconceituosa, temos de tomar cuidado com nossas atitudes, em toda situação é necessário o respeito das diferenças, não há nada de lucrativo humanamente falando. 
Aconselharia aos leitores que sempre ao ser exposto ao diferente pensasse nas medidas de higienização que esse diferente sofre, talvez assim houvesse uma conscientização, caso consiga fazer essas reflexões diria que está em um bom caminho. Lembrando que o sujo só é sujo a partir do momento que alguém diz que é sujo. A sujeira não é algo natural, nenhuma sujeira é natural, são criações. Não pense que todas as denominações de sujeiras são ruins, porém as evidenciadas como exemplo nesse texto com certeza são!
De limpeza o menino está tranquilo, sujo pelo sujo, quem não é? As vezes é bom guardar ou modificar seus 17 pensamentos.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Pertencê

Quem, onde, o que, quando,como, você pertence?
A palavra pertencer nos remete posse, de alguém ou alguma coisa para com você, ou de você para alguém ou alguma coisa.
Inicialmente somos livres, mas livre de que? Livre de quem? Livre de nada... nem mesmo de você.
O pertencer pode ter lugar, forma, cheiro, gosto,
Pode deixar saudade ou repúdio.

Algum tempo atrás os seres humanos eram nômades, não tinham locais fixos, logo não pertenciam a nenhum lugar, em partes, pois habitava algo, que acaba pertencendo ao mesmo. Eram mais ou menos livres que nós do pertencimento? Acredito que mais livres quanto a localização, mas presos quanto a ideia.

Queremos tanto, buscamos tanto a liberdade, mas será que a liberdade é boa, ou melhor, será que queremos mesmo a liberdade? Ou só gostamos da ideia de liberdade? Mas espera ai, o que é liberdade? Chega a ser mais fácil dar exemplo de liberdade do que definir o que é liberdade, e se houver reflexão na argumentação ai que complica tudo rs. As vezes ficamos tão presos na busca por determinada liberdade, colocando-a em divisões, que acabamos nos perdendo,seja por falta de apoio, ou mesmo por não saber o que realmente queremos.

De quem são as ideias que você pensa? Será que são suas? Por que são suas? Por que você vivenciou, refletiu e adquiriu para você? Por que você leu e memorizou? Ou o que mais desgosto, implantaram em ti? O desgosto é questionável.

A ideia desse texto que na verdade não tem ideia alguma, são questionamentos, pois é de onde origina os pensamentos sólidos, sendo essa afirmação totalmente questionável assim como tudo.

Já parou para pensar que a maioria, se não todas as coisas são construções? Que foi construído para gerar uma espécie de ordem? Não me refiro apenas ao  físico, mas também, e principalmente ao ideológico/metafísico. Mas dai você pode pensar que possui sua individualidade e nela você é livre, até pode ser, mas acho extremamente difícil. Até mesmo nossa individualidade é construída, com uma forma de peneira e adequação de ideais interessantes. Interessante para quem? Boa pergunta, depende do fragmento em específico.

Pertencer algo ou a algo as vezes é bom, em determinadas situações é agradável e confortante. As construções normalmente não são nossas, e quando não são devem ser questionadas, até mesmo o que pensamos criar deve ser questionado por nós. Apenas aceitar e repassar é uma forma de legitimar, e essa legitimação pode vir a causar danos a terceiros ou a si, então pensemos antes de agir, e até mesmo em refletir. Pode parecer estranho, mas quando há prática torna-se um pouco mais normal.

Você pode me perguntar qual a ligação entre pertencimento, liberdade, construções, questionamentos e pensamentos. Só não espere de mim uma resposta.

Com carinho, guri de 17, ops menino...

quinta-feira, 27 de março de 2014

Estou vivo!!!!

É isso ai, estou vivo po!!!

Quanto tempo, não? Sem problemas, ou talvez com inúmeros...
Você poderia me perguntar, como sei que estou realmente vivo. Não espere que eu lhe diga que é por estar respirando, aliás, isso é apenas um detalhe. Até porque já vi/vejo vários mortos que respiravam/respiram, e posso afirmar, isso é muito pior do que não respirar.
Da fumaça negra, ao formato dos algodões mais conhecidos como nuvens, o canguru ou o cachorrinho cabeçudo, vai da ótica.

Longe da formalidade linguística, exceto no exato anterior presente, longe do comum, fora do normal, coisas sem sentido, outras nem tanto.

E teus momentos, carregado de sentimentos, prazer ou dor, medo ou coragem, carregue-os, aproveite.

O mundo? Que mundo? Imundo, profundo, profano?! Vinga a beleza natural, coexistindo com a patifaria. Se tudo é natureza, mas nem tudo carrega beleza, que me diz seu doutor? Tem de coar, coar e cadê o café? Surge do pó, da planta, da natureza. A tentativa frustrada de ajudar o senhor no mercado, não elimina o desejo de fazer do mundo um lugar melhor, vai vendo tiozinho, quem sabe na próxima não é mesmo.

Até logo, que não tarde tanto.
Um grande afago.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Espaço para imaginar.

Quando vejo e nada faço, sou cúmplice.
Quando permito, sou conivente.
Quando profiro inverdades, sou mentiroso.
Quando ajudo o semelhante, sou solidário.
Quando maltrato animais, sou mal.
Quando amo, busco ser amado.
Quando tenho medo, acendo a luz.
Quando não tem luz, tenho fé.
Quando a fé acaba, a fé não acaba.

E se um dia acabar, 
Espero ter alguém para renovar.
Caso não renove,
Não terei vida.
Mas vida não acaba assim,
Ou é assim que a vida acaba.
Sem fé.
Mas pela fé que tenho,
Acredito que não acabe.
Apesar de ser um recurso humano,
Imagino que não seja finito.
Se um dia se findar,
Desejarei que seja o dia do triunfo,
Social, humano, mundano.

Tudo isso de repente, 
Ou seria repetente?!
Aquilo que não foi proferido,
E oportunizado neste momento.
Não é necessário saber
Basta dizer.

E lhe digo,
O que me atormenta,
Ou o que me sustenta.
A incerteza paira sobre mim,
A todo instante, 
O tempo sem fim.
Mas como diria os engenheiros,
"É inútil ter certeza".
Esse é o meu consolo,
A minha razão,
Também minha mentira.

Se me perguntar,
O que é isso,
Lhe direi:
Deixa disso.
O que importa,
Ou difere,
O tudo, 
Do nada,
Absolutamente,
Não difere.
Não nesta situação.

Nos 70 o Di Melo,
Que temia ficar louco,
Qual a razão de temer o que se é.
É o medo de continuar,
Aceitando tudo.
O menino tá no caminho,
O dito e maldito torto.
Com os 17 múltiplos dos sonhos.
Sem padrão, 
métrica,
rima,
ou fim,

Apenas isso aqui.





sábado, 8 de março de 2014

Outro texto para o dia.

Outro texto para o dia, sendo este mais crítico rs.

Nos tempos atuais e por conta do sistema vigente, capitalismo, qualquer data comemorativa é motivo de presente, ou seja, ga$tar. Mas ora, é o dia das mulheres, elas merecem presentes neste dia! Imagino que não, há 364 outros dias que as mulheres estão aptas a receber presentes e agrados. Sendo o maior presente por mim reconhecido, o respeito, de que adianta dar um presente hoje, sendo que ontem fez uma piadinha machista para dar risada com a galera? Isso é uma puta hipocrisia. Presentes sempre são legais, mas o respeito é ainda mais, este quando exercido a todo o momento gera bem-estar e satisfação para quem recebe e para quem age, com as mulheres não é diferente. 
O capitalismo legitima o machismo, surgi a tona o monstro do capitalismo, onde você imagina um bicho enorme gosmento constituído por notas e moedas de todas as nações (rs), é por ai. Mas na verdade não, é possível estar fora disso até mesmo no dia das mulheres, o intuito dessa data comemorativa é homenagear a luta das mulheres por seus direitos, onde devia ocorrer reuniões em busca de discussões para a conquista de direitos e principalmente respeito para com as mulheres.
Tenho certeza que quando as mulheres protestaram na fábrica de tecidos, elas não revindicavam bolsas, ou sapatos, ou qualquer tipo de presente, as reivindicações delas eram por melhores condições de trabalho. Lutavam pela igualdade salarial, que até hoje ocorre essa diferença estúpida, por que uma mulher que possui os mesmos atributos ou ainda mais que o de um homem recebe uma quantia inferior pelo seu trabalho? Isso é um pouco sem noção não acha, ou melhor, um tanto quanto preconceituoso. Lutavam pela redução da carga horária de trabalho, que na época era 16 horas por dia. Lutavam ainda por tratamento digno dentro do ambiente de trabalho, com certeza isso incluí a precariedade do ambiente em si, e a falta de respeito advinda dos demais trabalhadores, e "superiores".
Então mulheres não fiquem satisfeitas com um par de sapatos novo, ou uma bolsa nova, ou qualquer outro tipo de presente, tenha consciência da luta das mulheres que vieram antes de vocês, e que fizeram com que houvesse melhorias, se não fosse elas estaria ainda pior. Tenham consciência também que ainda há muita luta pela frente, e que você é peça fundamental dessa luta para a conquista de mudanças, que discussões a respeito de direitos é tão legal quanto outros assuntos. E aos homens que não achem que o suficiente para amada é um simples presente, o presente é apenas um detalhe, o mais importante é o respeito. Antes de fazer qualquer piada lembre que o dia da mulher é todos os dias, e que piada preconceituosa não possui graça, mas inúmeros insultos. Uma boa reação a uma piada preconceituosa é a indiferença, um sorriso mesmo que forçado da continuidade ao desrespeito, que a frente pode se transforma em ações piores. O respeito é fundamental, com esse atingido, os presentes são sempre bem vindos (rs).


O texto para o dia.

Hoje é o dia Internacional da Mulher, 8 de março, vale ressaltar que é apenas uma data comemorativa, pois o dia das mulheres é e deve ser todos os dias. Mas hoje é aquele dia que o marido tira para levar a mulher para um jantar, o noivo da um presente, o namorado uma flor, o filho um abraço, e as mulheres... Recebem. Como elas estão dispostas a receber todos os dias, mas que por motivos que na verdade não são motivos, acaba que não acontecendo.
Se hoje as mulheres recebem essas boas ações foi porque em 1857 cerca de 130 tecelãs de uma fábrica de tecido de NY receberam a morte em resposta a luta por seus direitos. Nem tudo são flores, principalmente para as mulheres, a homenagem às mulheres queimadas não revertem o fato, nem diminui a proporção do acontecimento, apenas atribui reconhecimento à coragem daquelas mulheres.
Após 157 do acontecido ainda há maus tratos para com as mulheres, desde então as conquistas tem sido gradual e até hoje não foram concluídas. Estando longe de estar, pois ainda deve de acontecer muitas mudanças para que as mulheres sejam tratadas com realmente merecem, com respeito e dignidade. A principal dessas mudanças e a mais difícil é a da consciência, o inicio de uma atitude machista é o próprio pensamento, se não age, mas pensa, está sendo machistas da mesma forma. O pior é que o machismo não é restrito aos homens, há mulheres que por conta da criação carregam consigo esse machismo velado em pensamentos e ações. 
Nessa data comemorativa, por meio desta publicação, desejo e espero que as necessidades feministas sejam realizadas, que o respeito possa vir a pairar sobre as mulheres, que sejam tratadas com dignidade, que os estereótipos vá além da fisionomia, que o espaço almejado por elas venha a ser conquistado, e mais intensamente desejo força, força para lutar e vencer quaisquer desafios.
 Do menino de 17, para todas as mulheres.
" 8 de março
Não me diga "feliz dia"
Levante e lute comigo!!! "

quarta-feira, 5 de março de 2014

Quem é a criança?!

Foi pedido a um garoto de 9 anos que mandasse um recado para os adultos. E o recado dessa criança foi este:

Uma coisa que eu queria falar para os grandes, é que eles parem de embriagar. Parar de brigar na rua. Parar de ser arrogante. - Kaike 9 anos.

Algumas palavras escritas com uma letra esteticamente ‘feia’ em uma folha de papel por uma criança de 9 anos. Muitos ao deparar-se com essas condições não dariam a mínima importância para estas palavras, o que é um enorme erro! Em poucas palavras este garoto caso tivesse sido escutado e levado a sério pelos "grandes" teria evitado milhares de mortes, principalmente nessa época de carnaval, mas não só. Uma sábia lição a ser compreendia e levada muito a sério!

Partamos para uma análise. 

"É que eles parem de embriagar".
 Esse primeiro pedido evitaria milhares de mortes, hoje a embriaguez ao volante é um dos principais agentes causadores de mortes no trânsito, baseando no índice de Curitiba de 2013, a embriaguez é o segundo maior fator de acidentes fatais, atrás apenas do excesso de velocidade, somados resultam em 65% dos causadores de vítimas fatais no trânsito. Essa mesma dica evitaria que cerca de 80 pessoas tivessem suas carteiras de motorista apreendida, tendo de pagar multa, e receber pontos na carteira. Além do mais importante, diminuiria como já dito as possibilidades de acidentes. O fator da embriaguez não está relacionado apenas ao trânsito, mas intensamente incluído na vida pessoal dos consumidores. Em Goiânia um homem agride a mulher grávida de 4 meses após consumo excessivo de álcool, deixando hematomas por todo o corpo, colocando em risco sua gestação. A embriaguez também está relacionada na vida cotidiana, o indivíduo que ingere em excesso tende a ter uma vida atordoada, os que são viciados têm constantes problemas por conta de tal, tanto na vida familiar como com os demais indivíduos integrantes da sociedade. Tende a ter desequilíbrio financeiro e emocional em sua vida.

"Parar de brigar na rua".
         Brigas de rua são responsáveis também por milhares de mortes, ocasionadas por um desentendimento no trânsito, um palavrão proferido, um gesto desrespeitoso, uma discussão dentro de um ônibus, uma discussão dentro de uma estação ferroviária, e até uma trombada em um evento. A desvalorização da vida, juntamente com a violência generalizada, faz com que qualquer desentendimento seja motivo de morte, já que a vida não tem valor e se armar não é difícil, ficam fáceis as ocorrências de mortes por meras brigas ou discussões.

"Parar de ser arrogante".
         A arrogância gera desconforto e afastamento social, pois acredito que ninguém goste de ficar perto de pessoas arrogantes, é desagradável. Por conta das inúmeras ações que um indivíduo se expõe em um único dia, acaba que por conta disso ficando estressado e sendo arrogante com os que consigo convivem. É realmente imaginável que ao fim do expediente o trabalhador esteja exausto e estressado, mas isso não lhe da razão para agir com arrogância com os outros, pois não ajuda em nada, não alivia o estresse ou o cansaço, só chateia aquele que é atingido por tal ato. Após o trabalho não é tão difícil assim abrir um sorriso para o vizinho, dar boa noite ao motorista do ônibus, agradecer a pessoa que solicita para carregar seus materiais, abraçar os filhos ao chegar em casa, dizer que ama seu conjugue.

Devemos ouvir os diferentes, os iguais, as crianças, ouvir a todos, pois todos têm muito a dizer, e esse muito pode ser de extrema importância, podendo ser para salvar vidas, ou apenas melhorar o dia.
Então questiono, quem é a criança?! A que dá conselhos e dicas extremamente sábias, ou os que cometem barbarias por ai. A sabedoria não tem idade, cor, gênero ou qualquer outra coisa, para ser sábio precisa apenas ser, é acredito que todos são, da criança de 9 ao menino de 17, até a avó de 68.

terça-feira, 4 de março de 2014

Do dia.

O dia...

Todo dia tem sua noite, todo bem o mal, todo herói um vilão. Neste exato momento é noite, mas essa noite teve o seu dia, dia de alegria? Depende para quem... Alguns dizem que a noite desperta o lado artístico, período onde partes do cérebro têm maior desenvoltura. Então se trocássemos literalmente o dia pela noite seriamos seres mais sensatos, mas os seres necessitam do lado sentimental, por isso essa troca não é realizada, também porque se com a luz do sol nosso planeta está em constante degradação, imagine com essa inversão, seria um caos total.

Hoje teve circo, foi lindo, circo é realmente lindo...

Mas até o show do circo chega ao fim, e ao final do espetáculo surge então o palhaço com o seu discurso, o esperado seria uma fala engraçada, mas além de tudo, foi muito sábia, que só mesmo um palhaço poderia dizer. "Crianças, nunca deixem de sorrir, este é o mundo da fantasia, o mundo do circo". No circo estão as crianças que não cresceram, ou as crianças que cresceram mas insistem em ser criança, ou os adultos responsáveis pelo despertar da criança naqueles que vão os ver. Na correria do dia-a-dia muitos se esquecem de sua criança, deixando-a presa, sem saber que aquela criança dentro de si poderia resolver todos os problemas daquele adulto atordoado.
O espetáculo do circo sempre tem seu fim, ao menos no palco aberto ao público. Assim como a fase de criança, ao menos para aqueles que permitem com o passar dos anos. Façamos que a vida seja um eterno espetáculo, fazendo com que a criança que nos habita esteja sempre viva e presente em nosso cotidiano. Voltando ao dia, hoje o menino está com medos e anseios de adulto, mas ainda é criança, é menino, junto a seus novos ou velhos, 17.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Faça sua hora!

*Supostas tropas da antiga URSS, atual Rússia, estariam a adentrar o território Ucraniano após o levante popular para queda do agora ex-presidente Viktor Yanukovich*

Por questões políticas e econômica esta suposta invasão pode ser o estopim para a guerra entre potências mundiais aliadas dos envolvidos. O que de tabela pode gerar uma Guerra mundial, tendo risco de uma crise econômica.
Entre outras mil és tu Brasil, então o que me diz. Está pronto para essa empreitada? É claro que não, na verdade ninguém está! Mesmo os loucos que ficam desenvolvendo armas nucleares nas escuras não estão preparados. Ou na verdade estão. Preparados para fazer uma Grande Merda Mundial, já não bastam as guerras anteriores, e as cotidianas?! 

Poetas, onde estão teus versos? Músicos, onde estão as melodias? Mulheres, onde estão suas mágicas? Soldados, onde estão as flores? Crianças, onde estão os sorrisos? Senhores e Senhoras, onde estão a sabedoria advinda da experiência? Cães, onde estão os 'auau'? Deus, onde está a piedade?

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Avulso do avesso.

Em meio a tantas pessoas, mundos, universos e sonhos. Sinto-me avulso. Avulso do meu próprio meio, da minha própria realidade, da própria sociedade. Ou será que nada disso é próprio a mim?! Talvez seja isso, a cor em meio à falta de cor, ou a falta de cor em meio a cor.
Pergunto-me, sou tão diferente assim? Será que todos se sentem assim? Será que todos já se sentiram assim e se adaptaram a algo para haver a padronização consequentemente a recepção dentre os demais? Pode ser isso, uma espécie de produção em massa, não produção porque seria desrespeito as mães, mas uma criação de massa, onde a força faz a massificação, aqueles que não são adeptos são reprimidos até que tornem-se um, ou viva como avulso.
Talvez isso seja apenas coisa da minha imaginação, talvez seja uma grande viagem que logo passa. Mas o passar pode ser um sinal de adaptação e integração ao sistema de massas, prefiro acreditar que é real, por mais que não seja muito legal.
Enquanto tudo continue assim, vou nadando contra corrente. É arriscado, cansaço, câimbra. Espero que nenhuma correnteza consiga me vencer. Imagino que muitos 17 passaram por isso, e sentiram isso. E muitos se perderam em meio a tantas águas contrárias, este não é o meu desejo, até quando conseguir, nadarei ao avesso. Que venham os: deixa disso menino.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Você é o que sente que é.

Acredita? Pois bem, digo que é e peço para que você confie em mim, por mais que não tenhamos intimidade, ou tenhamos. 
Sem teses fundamentadas em teorias, experimentos e fatos. Apenas uma frase reflexiva e esperançosa. Dizer apenas é muita minimização da grandeza da imaginação. Então digamos que seja uma bela e esplendida frase reflexiva e esperançosa.
Gostaria de prolongar na argumentação, mas esse tema me cobra ser breve e sutil. Portanto, vamos lá!
Você é o que você sente que é, sim, você é. Não há necessidade que ninguém diga que você é algo, afirme ou argumente. Independente do que os outros falarem você continuará sendo o que você sente que é, ou você é algo diferente do que sente que você é? Se você sente que é algo, é evidente que você seja. Então sejamos otimistas quanto ao sentir, sinta-se bem, assim você será bem, não um cidadão de bem, mas algo realmente bem.
Você não precisa de diploma para se sentir algo, você não precisa da autorização de ninguém para ser algo que você quer ser, você precisa apenas querer ser e sentir que é. Essa coisa de papeis é para burocracia, não queira ser um burocrata. A burocracia gasta muito tempo, é  angustiante e nos deixa com muita raiva. Então que se foda essa parada de papeis, diplomas e qualquer outro tipo de coisa que tente impedir, ou confundi-lo fazendo com que você não acredite que seja algo que queira ser.
Para ser um astronauta você não precisa de um diploma. Não precisa ter frequentado aulas de física ou astronomia, tão pouco ir estudar nos EUA. Para ser um astronauta você não precisa pilotar um foguete, nem fazer xixi em saquinhos. Para você ser um astronauta você só precisa sentir que é, se sentes que é um astronauta, tu és um astronauta e não acredite em ninguém que diga o contrário. Para você ser um astronauta você não precisa ter pisado no astro lua, nem viajar pelo espaço. Você só precisa sentir que é um astronauta e viajar pela imaginação, se você fizer isso poderá pisar em quantas luas quiser, da forma que quiser que elas sejam, cor, forma, tamanho, intensidade. A imaginação da margem a coisas tão grandiosas, que é só imaginando para saber. Então digo mais uma vez, você só precisa sentir que é. Do que adianta ter um diploma de Engenheiro sendo que você não se senti um? Não conseguirá construir nem uma tapera. Então sinta e assim será o que quer. Direi-lhe como é que me sinto, um sonhador de 17, louco por ser, que possui uma mente revolucionária, coração do tipo romântico decepcionado, porte de menino e não há ninguém que me prove o contrário, pois é assim que me sinto. E assim sou, assim como sinto que sou. Sinta-se e será!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Por que o nível de imoralidade?

Esse texto trata-se de assunto que repercute com certa polêmica, a busca da igualdade de gênero pelas mulheres, focando em um aspecto, como é um blog pessoal será minha opinião a respeito.
A luta das mulheres em busca da igualdade de gênero é algo impressionante, admirável a garra de certas mulheres por este objetivo. E é indignante atitudes de certas pessoas que se posicionam contra quanto a isso, não deve ser o gênero o fator determinante para um emprego e salário, mas a capacidade de atuação do(a) trabalhador(a), sendo homem ou mulher. 
A figura feminina possui descriminações desde os primórdios, até mesmo no mito do início da vida humana. Algo que não pode ser aceitável em tempo algum, muito menos nos atuais. Pode-se usar a desculpa que as mulheres sofriam com isso por ser um período primitivo. Mas e nos dias de hoje? Não há desculpa, a não ser que vivemos em tempos primitivos, o que não é de se espantar, com a incitação da violência pela mídia, com valores antigos como o período de "olho por olho, dente por dente", realmente pode ser um sinal de retrocesso aos tempos primitivo.
 No decorrer dos séculos as mulheres tiveram diversas conquistas, podemos ver ao ligar a TV, mulheres trabalhando fora de casa em rede nacional sendo âncora de jornal, mas não podemos esquecer que por trás disso ainda há lá seus sentidos discriminatórios contra as mulheres, como já citado partindo pelo salário, mas não só isso, principalmente a falta de respeito com supostas 'piadinhas' e assédios.
 As mulheres até um tempo atrás e também atualmente, foram e são rotuladas como símbolos sexuais. Imagino que não há comparação da intensidade entre tempos passados e atuais, o fato é que ainda existe. Os efeitos negativos disso são as violações sexuais pelos quais as mulheres são vitimadas, não só sexuais como morais, integridade física e mental são colocados em risco por decorrência dessas figurações antiquadas. 

Uma das formas de luta e busca de desligamento sexual usada pelas mulheres é a utilização da nudez dos mamilos. Vários movimentos intitulados como 'a retirada da blusa' são feitos por organizações feministas. O mesmo órgão que é caracterizado sexual amamenta um bebê. Mas de fato os seios femininos são considerados parte sexual. Quando as mulheres saem as ruas  reivindicando o direito de andar sem blusa, assim como os homens, trazem consigo uma questão, acredito que se tornasse realidade e as mulheres pudesse assim como os homens andar sem blusas e sutiãs, fariam com que houvesse realmente a separação do seio como parte sexual. Com realizações como essa poderíamos chegar a patamares de civilidade elevados. O custo dessa conquista seria a exclusão do mamilo como parte de desejo.          
          Um grande empecilho para essa luta são culturas baseadas em valores que condenam extremamente essas condutas e pensamentos ultrapassados. Enquanto isso não ocorre fica apenas em imaginações e discussões. Uma boa forma seria uma espécie de questionário universal de qual o real desejo das mulheres em geral, essas questões são complicadas, assim como a democracia. É quase impossível que um simples questionário resolva uma questão tão complexa como essa, é por isso que existem esses movimentos onde as mulheres se arriscam e 'dão a cara tapa' em busca dessa conquista. Mas isso são só reflexões de um menino de 17.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

O preconceito: nasce, cresce, reproduz e dificilmente morre.

Nós seres humanos temos uma espécie de ciclo natural, neste os estágios da vida do ser seria: nascer, crescer, reproduzir e morrer. É uma definição um tanto antiga por conta das evidências de liberdade individuais das pessoas atualmente, reproduzir sempre foi uma opção, porém algum tempo atrás era como uma lei, hoje por mais que haja certos “maus olhados” está se modificando e estamos conseguindo certa liberdade nessa questão.
 Hoje venho tratar não do ser em si, mas de sentimentos dos seres, que acaba fazendo parte da composição do ser. Na formação do ser há dois aspectos que tem fundamental importância para o seu desenvolvimento, a natureza e a criação. A primeira são os componentes que o indivíduo herda como herança genética, como personalidade, habilidade entre outras. E a criação, que são as experiências pela qual o individuo passa ao decorrer da vida e a desenvolve. Tanto natureza como criação podem ser aperfeiçoados, mas ambos possuem seus limites, chega a certo ponto que não há mais desenvolvimento, é onde ocorre o ápice do ser, em qualquer aspecto.
Pois bem, possuímos algo que a meu ver são coisas bem negativas para os seres de uma forma geral, os preconceitos, não consigo acreditar que um ser nasce racista ou homofóbico. Sendo assim, o fator natureza seria dispensado e o que ficaria seria apenas o fator criação. Nesta tese os preconceitos são criados e alimentados, normalmente oriundos de "berço", o que não obriga um racista a ter uma família racista, até porque este preconceito pode originar-se de outros ambientes. Porém o âmbito familiar é o primeiro contado de um indivíduo, e o mais determinante acredito eu. Pois se você educa um filho a ser racistas, as chances de este crescer racista é extremamente maior que a dos outros, situações como comentários, piadas ou atitudes preconceituosas alimentam o espírito do preconceito no ser. Se sempre que a criança estiver com os pais quando estes se deparam com pessoas que se diferem dos outros, e nesta situação os pais tomem ações preconceituosas, possivelmente a criança crescerá tendo essas mesmas condutas. O que gera uma cadeia, e até várias gerações preconceituosas, que como sabemos degrada a humanidade. 
         Como disse anteriormente um ser não tem obrigatoriedade de ser “imagem semelhança” de seus pais, apesar de tender a ser, mesmo uma pessoa crescida em um ambiente preconceituoso pode adquirir a transcendência ao se desenvolver, ou seja, alcançar a ruptura do preconceito com o seu desenvolvimento. Mas que vejamos bem, é um pouco mais difícil em relação aos demais. O poder do reflexo espelhar que possuímos naqueles que nos rodeia é muito grande, como já retratei em outra ocasião, texto, se és um preocupado com a humanidade, certamente fará com que seu filho tenha essa mesma preocupação. 
Dessa forma para que não tenhamos preconceitos em nossa civilização, devemos eliminar esta postura primeiramente em nós mesmo, para que assim tenhamos gerações mais civilizadas. Como retrata o título o preconceito: nasce, cresce, se reproduz e dificilmente morre. Então façamos com que não tenhamos a dificuldade de matar um preconceito, não deixemos nem mesmo que ele se inicie, assim a eliminação deste será com certeza acelerada. Se até mesmo um menino de 17 consegue reprimir a ascensão do preconceito em seu maninho de menos de uma década, por que você ai com sei lá quantos anos não consegue?! Eu acredito em você, meu maninho de 9 também, e as outras gerações com certeza também, boa sorte!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Vida que se vive.

      Como de costume, o título do texto é um pouco diferenciado. Se eu me deparasse com um desse imagino que minha conclusão sobre tal variaria conforme o humor, podendo ser taxado como idiota ou interessante. Mas este não é o caso, alias, o título é justamente o fato a ser discorrido. 
      Vida que se vive. Que vida 'cê' vive? 'Cê' vive sua vida? Vive vida vivida.
      É o privilégio que todos nós possuímos, a vida, mas nem todos vivem ela como querem, ou se quer vivem ela. Confuso, não? E é, ter a vida é algo mecânico, todos têm, porém será que vivemos ela? Como a vida deve ser vivida (se é que deve)? Ninguém nasce com um manual, ou uma trajetória em mãos, há quem acredite que os caminhos são traçados desde a fecundação, particularmente não tenho essa crença. Acredito que a  vida é um papel em branco, o tamanho deste papel não é de acordo com a quantidade de tempo que é vivido, mas com a quantidade de ações vividas, pois a vida é muito complexa para ser transcrita em meras linhas horizontais ou verticais. Os primeiros rabiscos são feitos assim que expelido da camada maternal, ou a partir da formação completa do feto, não fiquemos presos ao início, pois o melhor é o que está por vir, o espetáculo está na trajetória, não percamos tanto tempo ao ponto de deixá-lo passar sem viver.
      Não se desenha uma vida de lápis, a ferramenta utilizada é caneta esferográfica transparente de tinta preta (rs), qualquer suposta linha errada não pode ser apagada, não há corretivo que faça esquecer essa, o que não impede o uso de macetes, como uma aspa ali, uma parêntese aqui, uma rasura acolá. Mas a utilização desses recursos interfere na beleza estética do trabalho final. Dessa forma uma vida bem vivida é toda bonitinha sem rasuras ou uma  de caligrafia aramaica arcaica? Deixo essa conclusão para vocês, vale ressaltar que beleza estética não obriga uma vida bem vivida. 
     Vira e mexe uma caneta esbarra em outra, resultando em uma bela história feita conjunta, ou até mesmo uma interrompendo a outra. Porque os animais têm dessas coisas de querer borrar ou acabar com o desenho do outro, mas ainda bem que não são todos que possuem esse desejo ou que realizam esse ato. Do encontro de duas tintas pretas pode sair verdadeiras obras de arte.
     Como podem ter notado acordei meio metafórico (rs), pararei por que nem todos gostam ou compreendem. Retomando a uma indagação do inicio " 'Cê' vive sua vida", esse questionamento surge  por motivos os quais não consigo entender, algumas pessoas deixam de viver suas próprias vidas para viver a dos outros, ou passam sua vida vivendo a vida dos outros. E há os casos daqueles que deixam que os outros vivam sua vida. Não da para dizer qual é o pior, mas imagino que todos são péssimos. O pior é que são casos frequentes, hoje as três moças da Embratel passaram todo o percurso do ônibus comentando a vida dos coleguinhas de trabalho, poxa, um pouco desnecessário em minha concepção, até no coletivo da para fazer coisas mais produtivas, como por exemplo, ler um livro ou dançar tango. De fato há aqueles que deixam suas vidas serem tão pacatas ao ponto de ter que falar da vida badalada do amigo. Aqueles que deixam sua vida ser vivida por terceiros tendem a ter um final frustrante, pois normalmente só quem vive sabe o que quer da vida. Caso seguisse o que mamãe queria que eu fosse, hoje estaria em um cursinho preparatório para vestibulares com o intuito de ser aprovado em uma faculdade para cursar medicina, mas não deixei ser levado por este plano maquiavélico e olha que foi bem planejado, ela até já tinha preparado o nome, Dr. Lucas, igual ao da bíblia. Sei que mamãe tinha essa pretensão para que eu tivesse uma 'vida boa'. O que ela não imaginou é que essa não era a vida que eu queria para mim, por isso em março estarei na universidade cursando o curso de meu gosto.
     É um grande erro viver a vida do outro, é um grande erro deixar que nossa vida seja vivida por outro, é um grande erro abri mão de nossa vida por conta da vida do outro, é um grande erro viver pela metade. Tens uma vida inteira, pois viva por inteiro, verá que bons resultados virão.
     Para o menino de uma dezena e sete unidades viver é remar contra corrente rasgando o vento de calça abaixo da cintura deixando a cueca azul listrada com cinza à vista.



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Tempestade oculta.

O que impede um jovem de publicar um texto em que na história se passa dois amigos em uma conversa filosófica sobre a chuva a beira de uma janela? Rastros passados de uma sociedade machista e ignorante, pois tais protagonistas podem ser classificados como homossexuais. 
A libertação desses paradigmas está distante da nossa sociedade atual, apesar de não parecer. O fato é que vivemos em uma sociedade onde há uma falsa sensação de progressão, com certeza há determinada evolução sendo essa gradual e carregada de pensamentos ultrapassados. Essa pseudo evolução de certa forma para algumas pessoas servem como ópio e acomodação, o que atrapalha o verdadeiro progresso. 

Um local onde eventos semelhantes a de tempos antigos ocorrem não pode ser considerado como evoluído, trato de uma evolução intelectual, não econômica, mas que querendo ou não esbarram-se em certos pontos.

O incentivo a volta do tempo de "olho por olho dente por dente" partindo de uma figura midiática, que certamente obteve em sua vida oportunidade de contato com conhecimento e que potencialmente atinge pessoas que não tiveram, e possivelmente não terão essa mesma oportunidade, é um sinal concreto de retrocesso. Posiciono-me até que seria um grande benefício para sociedade que essa pessoa nunca tivesse tido tal oportunidade, pois usa-o de maneira tão estúpida que não o merece ter. Certamente foram pessoas como esta que em outras civilizações contribuíram para a extinção dessa. Qual o caminho se não esse para uma população que executa tais atos, rebelar-se contra seus semelhantes atingindo-os fisicamente. Imagino que com isso a extinção não tarda a vir.

Essa observação não se restringe a uma pátria, mas ao globo em si. Manchete de que uma criança tenta ceifar sua própria vida por comentários e estereótipos preconceituosos de colegas também crianças circulam pela rede, que tempo é esse, moderno até que ponto? Garanto que longe de tantas liberdades almejadas por determinados grupos, o que é triste dizer. E de pensar que os vilões dessa história são apenas evoluções de outras gerações e que carregam consigo a herança de sentimentos e pensamentos tão destrutivos.

Não há como falar de falsas sensações deixando de citar o recente acontecimento do país que recebeu seu nome por conta de uma árvore utilizada como matéria-prima por seus colonizadores. Ô pátria amada, tu és bela, és tão bela, pena que teus habitantes não conseguem lidar contigo, e entre si. Muitos acharam que tivera chegado o momento de intensas mudanças, que a primavera dos povos enfim estaria pousando em território nacional. Mas não passaste de uma fase, como está sendo hoje vestir-se roupas com estampas de frutas. E por outros essa fase tomou outro rumo, servindo como manobra para os hospedes engravatados do congresso, que para isso convenceu jovens a tampar o rosto e vestir-se de pretos, e o pior, terem denominações inglesas, isso é o cúmulo.

Um trágico evento marcou essas ações, não por quem, mas pelo o que. Lembra-se dos atentados de 2001 sofrido pela 'pátria do sistema'? Pois então, o querido Bush salivou de satisfação. A queda da câmera naquele ato está tendo os mesmos resultados. Meus pêsames a família e aos amigos, e ainda mais, meu mais sincero repúdio aos que desse fato estão se lambrecando de alegria. 

Pois bem meu caro amigo, seu relato ficou ótimo, para a guria soou até como poesia, é uma pena que você não o pode compartilhar, ou não se permite fazer, não o culpo e respeito seu posicionamento, as chuvas são mesmo grandes inspirações, imagine o que as tempestades não são capazes de realizar. 


Tem muito mais de 17 dias que não dou as caras, mas ainda carrego o fardo de 17, abraço.