segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Em nome de quem? Eu só peço a ...

Confesso que sempre quando ouço a expressão " Em nome de ...", tenho certo receio, pois para mim cai como justificativa de uma ação ou profecia que desencadeia comportamentos, e estes serão pautados na integra como vontade de tal divindade/entidade, desconsiderando a invalidade e/ou cunho maléfico.
Outra grande questão relacionada a isso é a limitação que normalmente é exercida por essa expressão, porque ao proferir a frase há um direcionamento para um único ser, excluindo todos os outros possíveis seres, e até mesmo instituído um para os que não crê.
Entretanto o "não expressar" pode ser uma afronta para quem possui a crença, e não deixa de ser uma limitação. Sendo assim, enxergo um empasse no que diz respeito a essas situações e acredito que há locais e momentos "mais pertinentes" para tal, que carece do senso individual como norteador.
Com tantos conflitos turbulentos e massacrantes acontecendo pelo mundo, eu só peço a paz, muito amor e mais humanidade por nossa parte, em nome de qualquer Deus/deus, de qualquer forma, quantidade ou inexistência.
Essa música me levou a escrever, muito bonita/interessante por sinal:

"Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia 
Solitário sem ter feito o q'eu queria
Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria
Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucada brutalmente
Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda fome e inocência dessa gente

Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente

Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganando
Pra viver uma cultura diferente"
Peço para que quem leia atribua a sua crença, caso não tenha, fica ainda mais livre a atribuição. Mas aprecie bem a letra.
Afastai-nos da indiferença a frente de tanta crueldade e falta de humanidade protagonizadas por nós.

Desculpem-me os que sentirem-se ofendidos, este não é o intuito, sendo a reflexão almejada. 

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