Em meio a tantas pessoas, mundos,
universos e sonhos. Sinto-me avulso. Avulso do meu próprio meio, da minha
própria realidade, da própria sociedade. Ou será que nada disso é próprio a
mim?! Talvez seja isso, a cor em meio à falta de cor, ou a falta de cor em meio
a cor.
Pergunto-me, sou tão diferente assim? Será
que todos se sentem assim? Será que todos já se sentiram assim e se adaptaram a
algo para haver a padronização consequentemente a recepção dentre os demais?
Pode ser isso, uma espécie de produção em massa, não produção porque seria
desrespeito as mães, mas uma criação de massa, onde a força faz a massificação,
aqueles que não são adeptos são reprimidos até que tornem-se um, ou viva
como avulso.
Talvez isso seja apenas coisa da minha
imaginação, talvez seja uma grande viagem que logo passa. Mas o passar pode ser
um sinal de adaptação e integração ao sistema de massas, prefiro acreditar que
é real, por mais que não seja muito legal.
Enquanto tudo continue assim, vou nadando
contra corrente. É arriscado, cansaço, câimbra. Espero que nenhuma correnteza
consiga me vencer. Imagino que muitos 17 passaram por isso, e sentiram isso. E
muitos se perderam em meio a tantas águas contrárias, este não é o meu desejo,
até quando conseguir, nadarei ao avesso. Que venham os: deixa disso menino.
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