sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Avulso do avesso.

Em meio a tantas pessoas, mundos, universos e sonhos. Sinto-me avulso. Avulso do meu próprio meio, da minha própria realidade, da própria sociedade. Ou será que nada disso é próprio a mim?! Talvez seja isso, a cor em meio à falta de cor, ou a falta de cor em meio a cor.
Pergunto-me, sou tão diferente assim? Será que todos se sentem assim? Será que todos já se sentiram assim e se adaptaram a algo para haver a padronização consequentemente a recepção dentre os demais? Pode ser isso, uma espécie de produção em massa, não produção porque seria desrespeito as mães, mas uma criação de massa, onde a força faz a massificação, aqueles que não são adeptos são reprimidos até que tornem-se um, ou viva como avulso.
Talvez isso seja apenas coisa da minha imaginação, talvez seja uma grande viagem que logo passa. Mas o passar pode ser um sinal de adaptação e integração ao sistema de massas, prefiro acreditar que é real, por mais que não seja muito legal.
Enquanto tudo continue assim, vou nadando contra corrente. É arriscado, cansaço, câimbra. Espero que nenhuma correnteza consiga me vencer. Imagino que muitos 17 passaram por isso, e sentiram isso. E muitos se perderam em meio a tantas águas contrárias, este não é o meu desejo, até quando conseguir, nadarei ao avesso. Que venham os: deixa disso menino.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Você é o que sente que é.

Acredita? Pois bem, digo que é e peço para que você confie em mim, por mais que não tenhamos intimidade, ou tenhamos. 
Sem teses fundamentadas em teorias, experimentos e fatos. Apenas uma frase reflexiva e esperançosa. Dizer apenas é muita minimização da grandeza da imaginação. Então digamos que seja uma bela e esplendida frase reflexiva e esperançosa.
Gostaria de prolongar na argumentação, mas esse tema me cobra ser breve e sutil. Portanto, vamos lá!
Você é o que você sente que é, sim, você é. Não há necessidade que ninguém diga que você é algo, afirme ou argumente. Independente do que os outros falarem você continuará sendo o que você sente que é, ou você é algo diferente do que sente que você é? Se você sente que é algo, é evidente que você seja. Então sejamos otimistas quanto ao sentir, sinta-se bem, assim você será bem, não um cidadão de bem, mas algo realmente bem.
Você não precisa de diploma para se sentir algo, você não precisa da autorização de ninguém para ser algo que você quer ser, você precisa apenas querer ser e sentir que é. Essa coisa de papeis é para burocracia, não queira ser um burocrata. A burocracia gasta muito tempo, é  angustiante e nos deixa com muita raiva. Então que se foda essa parada de papeis, diplomas e qualquer outro tipo de coisa que tente impedir, ou confundi-lo fazendo com que você não acredite que seja algo que queira ser.
Para ser um astronauta você não precisa de um diploma. Não precisa ter frequentado aulas de física ou astronomia, tão pouco ir estudar nos EUA. Para ser um astronauta você não precisa pilotar um foguete, nem fazer xixi em saquinhos. Para você ser um astronauta você só precisa sentir que é, se sentes que é um astronauta, tu és um astronauta e não acredite em ninguém que diga o contrário. Para você ser um astronauta você não precisa ter pisado no astro lua, nem viajar pelo espaço. Você só precisa sentir que é um astronauta e viajar pela imaginação, se você fizer isso poderá pisar em quantas luas quiser, da forma que quiser que elas sejam, cor, forma, tamanho, intensidade. A imaginação da margem a coisas tão grandiosas, que é só imaginando para saber. Então digo mais uma vez, você só precisa sentir que é. Do que adianta ter um diploma de Engenheiro sendo que você não se senti um? Não conseguirá construir nem uma tapera. Então sinta e assim será o que quer. Direi-lhe como é que me sinto, um sonhador de 17, louco por ser, que possui uma mente revolucionária, coração do tipo romântico decepcionado, porte de menino e não há ninguém que me prove o contrário, pois é assim que me sinto. E assim sou, assim como sinto que sou. Sinta-se e será!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Por que o nível de imoralidade?

Esse texto trata-se de assunto que repercute com certa polêmica, a busca da igualdade de gênero pelas mulheres, focando em um aspecto, como é um blog pessoal será minha opinião a respeito.
A luta das mulheres em busca da igualdade de gênero é algo impressionante, admirável a garra de certas mulheres por este objetivo. E é indignante atitudes de certas pessoas que se posicionam contra quanto a isso, não deve ser o gênero o fator determinante para um emprego e salário, mas a capacidade de atuação do(a) trabalhador(a), sendo homem ou mulher. 
A figura feminina possui descriminações desde os primórdios, até mesmo no mito do início da vida humana. Algo que não pode ser aceitável em tempo algum, muito menos nos atuais. Pode-se usar a desculpa que as mulheres sofriam com isso por ser um período primitivo. Mas e nos dias de hoje? Não há desculpa, a não ser que vivemos em tempos primitivos, o que não é de se espantar, com a incitação da violência pela mídia, com valores antigos como o período de "olho por olho, dente por dente", realmente pode ser um sinal de retrocesso aos tempos primitivo.
 No decorrer dos séculos as mulheres tiveram diversas conquistas, podemos ver ao ligar a TV, mulheres trabalhando fora de casa em rede nacional sendo âncora de jornal, mas não podemos esquecer que por trás disso ainda há lá seus sentidos discriminatórios contra as mulheres, como já citado partindo pelo salário, mas não só isso, principalmente a falta de respeito com supostas 'piadinhas' e assédios.
 As mulheres até um tempo atrás e também atualmente, foram e são rotuladas como símbolos sexuais. Imagino que não há comparação da intensidade entre tempos passados e atuais, o fato é que ainda existe. Os efeitos negativos disso são as violações sexuais pelos quais as mulheres são vitimadas, não só sexuais como morais, integridade física e mental são colocados em risco por decorrência dessas figurações antiquadas. 

Uma das formas de luta e busca de desligamento sexual usada pelas mulheres é a utilização da nudez dos mamilos. Vários movimentos intitulados como 'a retirada da blusa' são feitos por organizações feministas. O mesmo órgão que é caracterizado sexual amamenta um bebê. Mas de fato os seios femininos são considerados parte sexual. Quando as mulheres saem as ruas  reivindicando o direito de andar sem blusa, assim como os homens, trazem consigo uma questão, acredito que se tornasse realidade e as mulheres pudesse assim como os homens andar sem blusas e sutiãs, fariam com que houvesse realmente a separação do seio como parte sexual. Com realizações como essa poderíamos chegar a patamares de civilidade elevados. O custo dessa conquista seria a exclusão do mamilo como parte de desejo.          
          Um grande empecilho para essa luta são culturas baseadas em valores que condenam extremamente essas condutas e pensamentos ultrapassados. Enquanto isso não ocorre fica apenas em imaginações e discussões. Uma boa forma seria uma espécie de questionário universal de qual o real desejo das mulheres em geral, essas questões são complicadas, assim como a democracia. É quase impossível que um simples questionário resolva uma questão tão complexa como essa, é por isso que existem esses movimentos onde as mulheres se arriscam e 'dão a cara tapa' em busca dessa conquista. Mas isso são só reflexões de um menino de 17.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

O preconceito: nasce, cresce, reproduz e dificilmente morre.

Nós seres humanos temos uma espécie de ciclo natural, neste os estágios da vida do ser seria: nascer, crescer, reproduzir e morrer. É uma definição um tanto antiga por conta das evidências de liberdade individuais das pessoas atualmente, reproduzir sempre foi uma opção, porém algum tempo atrás era como uma lei, hoje por mais que haja certos “maus olhados” está se modificando e estamos conseguindo certa liberdade nessa questão.
 Hoje venho tratar não do ser em si, mas de sentimentos dos seres, que acaba fazendo parte da composição do ser. Na formação do ser há dois aspectos que tem fundamental importância para o seu desenvolvimento, a natureza e a criação. A primeira são os componentes que o indivíduo herda como herança genética, como personalidade, habilidade entre outras. E a criação, que são as experiências pela qual o individuo passa ao decorrer da vida e a desenvolve. Tanto natureza como criação podem ser aperfeiçoados, mas ambos possuem seus limites, chega a certo ponto que não há mais desenvolvimento, é onde ocorre o ápice do ser, em qualquer aspecto.
Pois bem, possuímos algo que a meu ver são coisas bem negativas para os seres de uma forma geral, os preconceitos, não consigo acreditar que um ser nasce racista ou homofóbico. Sendo assim, o fator natureza seria dispensado e o que ficaria seria apenas o fator criação. Nesta tese os preconceitos são criados e alimentados, normalmente oriundos de "berço", o que não obriga um racista a ter uma família racista, até porque este preconceito pode originar-se de outros ambientes. Porém o âmbito familiar é o primeiro contado de um indivíduo, e o mais determinante acredito eu. Pois se você educa um filho a ser racistas, as chances de este crescer racista é extremamente maior que a dos outros, situações como comentários, piadas ou atitudes preconceituosas alimentam o espírito do preconceito no ser. Se sempre que a criança estiver com os pais quando estes se deparam com pessoas que se diferem dos outros, e nesta situação os pais tomem ações preconceituosas, possivelmente a criança crescerá tendo essas mesmas condutas. O que gera uma cadeia, e até várias gerações preconceituosas, que como sabemos degrada a humanidade. 
         Como disse anteriormente um ser não tem obrigatoriedade de ser “imagem semelhança” de seus pais, apesar de tender a ser, mesmo uma pessoa crescida em um ambiente preconceituoso pode adquirir a transcendência ao se desenvolver, ou seja, alcançar a ruptura do preconceito com o seu desenvolvimento. Mas que vejamos bem, é um pouco mais difícil em relação aos demais. O poder do reflexo espelhar que possuímos naqueles que nos rodeia é muito grande, como já retratei em outra ocasião, texto, se és um preocupado com a humanidade, certamente fará com que seu filho tenha essa mesma preocupação. 
Dessa forma para que não tenhamos preconceitos em nossa civilização, devemos eliminar esta postura primeiramente em nós mesmo, para que assim tenhamos gerações mais civilizadas. Como retrata o título o preconceito: nasce, cresce, se reproduz e dificilmente morre. Então façamos com que não tenhamos a dificuldade de matar um preconceito, não deixemos nem mesmo que ele se inicie, assim a eliminação deste será com certeza acelerada. Se até mesmo um menino de 17 consegue reprimir a ascensão do preconceito em seu maninho de menos de uma década, por que você ai com sei lá quantos anos não consegue?! Eu acredito em você, meu maninho de 9 também, e as outras gerações com certeza também, boa sorte!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Vida que se vive.

      Como de costume, o título do texto é um pouco diferenciado. Se eu me deparasse com um desse imagino que minha conclusão sobre tal variaria conforme o humor, podendo ser taxado como idiota ou interessante. Mas este não é o caso, alias, o título é justamente o fato a ser discorrido. 
      Vida que se vive. Que vida 'cê' vive? 'Cê' vive sua vida? Vive vida vivida.
      É o privilégio que todos nós possuímos, a vida, mas nem todos vivem ela como querem, ou se quer vivem ela. Confuso, não? E é, ter a vida é algo mecânico, todos têm, porém será que vivemos ela? Como a vida deve ser vivida (se é que deve)? Ninguém nasce com um manual, ou uma trajetória em mãos, há quem acredite que os caminhos são traçados desde a fecundação, particularmente não tenho essa crença. Acredito que a  vida é um papel em branco, o tamanho deste papel não é de acordo com a quantidade de tempo que é vivido, mas com a quantidade de ações vividas, pois a vida é muito complexa para ser transcrita em meras linhas horizontais ou verticais. Os primeiros rabiscos são feitos assim que expelido da camada maternal, ou a partir da formação completa do feto, não fiquemos presos ao início, pois o melhor é o que está por vir, o espetáculo está na trajetória, não percamos tanto tempo ao ponto de deixá-lo passar sem viver.
      Não se desenha uma vida de lápis, a ferramenta utilizada é caneta esferográfica transparente de tinta preta (rs), qualquer suposta linha errada não pode ser apagada, não há corretivo que faça esquecer essa, o que não impede o uso de macetes, como uma aspa ali, uma parêntese aqui, uma rasura acolá. Mas a utilização desses recursos interfere na beleza estética do trabalho final. Dessa forma uma vida bem vivida é toda bonitinha sem rasuras ou uma  de caligrafia aramaica arcaica? Deixo essa conclusão para vocês, vale ressaltar que beleza estética não obriga uma vida bem vivida. 
     Vira e mexe uma caneta esbarra em outra, resultando em uma bela história feita conjunta, ou até mesmo uma interrompendo a outra. Porque os animais têm dessas coisas de querer borrar ou acabar com o desenho do outro, mas ainda bem que não são todos que possuem esse desejo ou que realizam esse ato. Do encontro de duas tintas pretas pode sair verdadeiras obras de arte.
     Como podem ter notado acordei meio metafórico (rs), pararei por que nem todos gostam ou compreendem. Retomando a uma indagação do inicio " 'Cê' vive sua vida", esse questionamento surge  por motivos os quais não consigo entender, algumas pessoas deixam de viver suas próprias vidas para viver a dos outros, ou passam sua vida vivendo a vida dos outros. E há os casos daqueles que deixam que os outros vivam sua vida. Não da para dizer qual é o pior, mas imagino que todos são péssimos. O pior é que são casos frequentes, hoje as três moças da Embratel passaram todo o percurso do ônibus comentando a vida dos coleguinhas de trabalho, poxa, um pouco desnecessário em minha concepção, até no coletivo da para fazer coisas mais produtivas, como por exemplo, ler um livro ou dançar tango. De fato há aqueles que deixam suas vidas serem tão pacatas ao ponto de ter que falar da vida badalada do amigo. Aqueles que deixam sua vida ser vivida por terceiros tendem a ter um final frustrante, pois normalmente só quem vive sabe o que quer da vida. Caso seguisse o que mamãe queria que eu fosse, hoje estaria em um cursinho preparatório para vestibulares com o intuito de ser aprovado em uma faculdade para cursar medicina, mas não deixei ser levado por este plano maquiavélico e olha que foi bem planejado, ela até já tinha preparado o nome, Dr. Lucas, igual ao da bíblia. Sei que mamãe tinha essa pretensão para que eu tivesse uma 'vida boa'. O que ela não imaginou é que essa não era a vida que eu queria para mim, por isso em março estarei na universidade cursando o curso de meu gosto.
     É um grande erro viver a vida do outro, é um grande erro deixar que nossa vida seja vivida por outro, é um grande erro abri mão de nossa vida por conta da vida do outro, é um grande erro viver pela metade. Tens uma vida inteira, pois viva por inteiro, verá que bons resultados virão.
     Para o menino de uma dezena e sete unidades viver é remar contra corrente rasgando o vento de calça abaixo da cintura deixando a cueca azul listrada com cinza à vista.



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Tempestade oculta.

O que impede um jovem de publicar um texto em que na história se passa dois amigos em uma conversa filosófica sobre a chuva a beira de uma janela? Rastros passados de uma sociedade machista e ignorante, pois tais protagonistas podem ser classificados como homossexuais. 
A libertação desses paradigmas está distante da nossa sociedade atual, apesar de não parecer. O fato é que vivemos em uma sociedade onde há uma falsa sensação de progressão, com certeza há determinada evolução sendo essa gradual e carregada de pensamentos ultrapassados. Essa pseudo evolução de certa forma para algumas pessoas servem como ópio e acomodação, o que atrapalha o verdadeiro progresso. 

Um local onde eventos semelhantes a de tempos antigos ocorrem não pode ser considerado como evoluído, trato de uma evolução intelectual, não econômica, mas que querendo ou não esbarram-se em certos pontos.

O incentivo a volta do tempo de "olho por olho dente por dente" partindo de uma figura midiática, que certamente obteve em sua vida oportunidade de contato com conhecimento e que potencialmente atinge pessoas que não tiveram, e possivelmente não terão essa mesma oportunidade, é um sinal concreto de retrocesso. Posiciono-me até que seria um grande benefício para sociedade que essa pessoa nunca tivesse tido tal oportunidade, pois usa-o de maneira tão estúpida que não o merece ter. Certamente foram pessoas como esta que em outras civilizações contribuíram para a extinção dessa. Qual o caminho se não esse para uma população que executa tais atos, rebelar-se contra seus semelhantes atingindo-os fisicamente. Imagino que com isso a extinção não tarda a vir.

Essa observação não se restringe a uma pátria, mas ao globo em si. Manchete de que uma criança tenta ceifar sua própria vida por comentários e estereótipos preconceituosos de colegas também crianças circulam pela rede, que tempo é esse, moderno até que ponto? Garanto que longe de tantas liberdades almejadas por determinados grupos, o que é triste dizer. E de pensar que os vilões dessa história são apenas evoluções de outras gerações e que carregam consigo a herança de sentimentos e pensamentos tão destrutivos.

Não há como falar de falsas sensações deixando de citar o recente acontecimento do país que recebeu seu nome por conta de uma árvore utilizada como matéria-prima por seus colonizadores. Ô pátria amada, tu és bela, és tão bela, pena que teus habitantes não conseguem lidar contigo, e entre si. Muitos acharam que tivera chegado o momento de intensas mudanças, que a primavera dos povos enfim estaria pousando em território nacional. Mas não passaste de uma fase, como está sendo hoje vestir-se roupas com estampas de frutas. E por outros essa fase tomou outro rumo, servindo como manobra para os hospedes engravatados do congresso, que para isso convenceu jovens a tampar o rosto e vestir-se de pretos, e o pior, terem denominações inglesas, isso é o cúmulo.

Um trágico evento marcou essas ações, não por quem, mas pelo o que. Lembra-se dos atentados de 2001 sofrido pela 'pátria do sistema'? Pois então, o querido Bush salivou de satisfação. A queda da câmera naquele ato está tendo os mesmos resultados. Meus pêsames a família e aos amigos, e ainda mais, meu mais sincero repúdio aos que desse fato estão se lambrecando de alegria. 

Pois bem meu caro amigo, seu relato ficou ótimo, para a guria soou até como poesia, é uma pena que você não o pode compartilhar, ou não se permite fazer, não o culpo e respeito seu posicionamento, as chuvas são mesmo grandes inspirações, imagine o que as tempestades não são capazes de realizar. 


Tem muito mais de 17 dias que não dou as caras, mas ainda carrego o fardo de 17, abraço.