quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O menino deixa os 17, mas os 17 não deixa o menino e vice-versa.

*Escrito na madrugada do dia 11/08. Hoje dia 11 de agosto de 2014 é sem dúvida um marco na vida do menino, seja no pleito simbólico ou concreto. Hoje assumo uma postura social diferente da qual ocupava, tanto para o imaginário social como para a sociedade civil, tendo a possibilidade de novos gozos e também consequências. Apesar dos novos 18, ainda quero falar dos 17, não que seja uma obsessão por tal, mas apenas uma ressalta de gratidão rs. O meu intuito em criar o blog com o título de ' ele é menino, só tem 17' deve-se ao fato de que em muitas situações a contribuição da menoridade é irrelevante, ora pelo posto social ocupado, outrora pela não exerçam de determinadas atividades, essa foi uma forma de tentar romper alguns paradigmas da imaturidade e em outros momentos afirma-la. Uma forma de ser ouvido, de ter um discurso relevante, de poder gerar reflexão. 
Imagino ter sido eficaz em meu objetivo, a magia da escrita me atendeu em diversos momentos, desde o peso até a leveza, e como me sinto leve, e sou grato por sentir. A escrita me serviu em ocasiões de sufoco e euforia, da agonia pré-vestibular a belas comemorações. Os 17 é uma idade muito gostosa, imagino que do meu modo tenha aproveitado bastante, e ainda o vou, porém agora com a soma de um ano a mais, ainda poderei fazer várias pontuações desses anos, afinal os tenho em mim. De todo modo é sempre bom crescer, não que a idade seja o modo de dotar crescimento, mas em parte contribui. E como tenho crescido! Me sinto realizado ao debruçar o olhar para trás, e mais ainda, ao mirar os olhos para frente enxergo muita perspectiva, pela fresta da janela de um ônibus de viagem as 4 e 45 da manhã a quase mil quilômetros do ninho e do que ele cerca fisicamente para mais um semestre, vejo um mundo de possibilidades esperando por mim, para ser vagado, admirado e amado. Enfim, tenho muito a conhecer, a aprender, a apreender, desde que uma moça portuguesa simpática que adora postais reprova determinadas movimentações históricas de seu povo, até que um rapaz que gosta de laçar e rodeio pode ter ideias bacanas, aprendizado de viagem. Só tenho a agradecer por estes anos, pelo cativar de cada ser que tive oportunidade de conhecer, que venham os 18, mas que não se vão os 17.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Em nome de quem? Eu só peço a ...

Confesso que sempre quando ouço a expressão " Em nome de ...", tenho certo receio, pois para mim cai como justificativa de uma ação ou profecia que desencadeia comportamentos, e estes serão pautados na integra como vontade de tal divindade/entidade, desconsiderando a invalidade e/ou cunho maléfico.
Outra grande questão relacionada a isso é a limitação que normalmente é exercida por essa expressão, porque ao proferir a frase há um direcionamento para um único ser, excluindo todos os outros possíveis seres, e até mesmo instituído um para os que não crê.
Entretanto o "não expressar" pode ser uma afronta para quem possui a crença, e não deixa de ser uma limitação. Sendo assim, enxergo um empasse no que diz respeito a essas situações e acredito que há locais e momentos "mais pertinentes" para tal, que carece do senso individual como norteador.
Com tantos conflitos turbulentos e massacrantes acontecendo pelo mundo, eu só peço a paz, muito amor e mais humanidade por nossa parte, em nome de qualquer Deus/deus, de qualquer forma, quantidade ou inexistência.
Essa música me levou a escrever, muito bonita/interessante por sinal:

"Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia 
Solitário sem ter feito o q'eu queria
Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria
Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucada brutalmente
Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda fome e inocência dessa gente

Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente

Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganando
Pra viver uma cultura diferente"
Peço para que quem leia atribua a sua crença, caso não tenha, fica ainda mais livre a atribuição. Mas aprecie bem a letra.
Afastai-nos da indiferença a frente de tanta crueldade e falta de humanidade protagonizadas por nós.

Desculpem-me os que sentirem-se ofendidos, este não é o intuito, sendo a reflexão almejada. 

Estou tendo.

Saudade... É, saudade. Você está, ou tem?
Vejo muito dizerem que estão com saudade, mas prefiro dizer que tenho saudades, da um ar de propriedade, que está estreitamente vinculada a minha pessoa para com algo, que é meu porém despertado por algo, ai então sentido.
Porque o estar, pode ser passageiro, assim como eterno, não vou me intervir no seu sentir.
* Até aqui foi escrito no dia 30/07.

* Hoje é 04/08 e ainda tenho, sinto e reflito sobre saudade.
Algumas pessoas utilizam a ducha para tomar banho, outras para cantar, hoje além de "brincar" com água e energia exercitei a reflexão. O que me veio a pensar foi em relação a saudade, que não ouso a dizer o que seja, a única certeza que tenho é a de ser um sentimento e muito além de apenas um sentimento.
Acredito que seja  algo constante, que temos não só na despedida, mas tão quanto ou até mais no encontro, pois é onde surge a primeira possibilidade de uma distância que possa evidenciar a saudade. Voltando pela constância, a que está em todo o momento existindo e sendo sentida, porém só é citada quando o ser/objeto não está mais (tão) presente. Para alguns pode soar um pouco "maluco" sentir saudade do que está próximo, afinal, está próximo. Prosseguindo audaciosamente (rs), a saudade é uma forma de amar, a saudade é amar, só não sei se o amor está na saudade, ou a saudade está no amor, mas creio que sejam complementos essenciais de uma preciosidade inestimável.
A saudade não discrimina, ela é sentida por todos e para tudo. Sejam físicas ou não físicas, além de qualquer limitação.
Caçando versos sobre saudade, reencontrei e identifiquei com este:
E é só você que tem 
A cura do meu vício 
De insistir nesta saudade
Que eu sinto de tudo
Que eu ainda não vi.