sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"Cidadão brasileiro é tratado que nem lixo."

A frase do título é realidade em vários aspectos da vida da população brasileira, exceto os que possuem uma boa condição financeira e não necessitam da utilização de recursos oferecido pelo governo do país, entre aspas, pois todos os que residem em território nacional necessitam dos serviços governamentais. Me refiro ao básico e essencial, como a saúde, educação e transporte, que todos os cidadãos precisam, porém quem tem melhor condição financeira possui a possibilidade de usufruir de instituições privadas. Hoje em especifico relatarei um episódio no qual presenciei, e infelizmente, não é exclusividade do dia de hoje, esse mesmo fato ocorre em diversas cidades e dias, até mesmo cotidianamente. Com algumas pessoas, fiquei aproximadamente duas horas (2h), a espera de um ônibus do transporte coletivo, em um 'horário de pico', em um momento em que devia haver um efetivo suficiente de ônibus para suprir as necessidades da população, estava totalmente ao contrário, os ônibus passavam todos lotados nem paravam no ponto em que estávamos. Passadas essas 2h de espera, um ônibus nada diferente dos outros quanto a quantidade de pessoas, por boa vontade e no mínimo obrigação do motorista, parou para que nos adentrássemos no veículo, só para conseguir entrar para que a porta fosse fechada foi-se cerca 10 minutos, uma situação bem humilhante. Posterior a esse momento, ainda havia de piorar, um ônibus completamente lotado, com grande dificuldade consegui passar pela catraca, essa mesma que cobra 2,70 pela viagem, no meu caso 1,35, em todo caso é um absurdo, pelo fato dos altos impostos pagos por nós, e pela extrema má qualidade do serviço, estudantes que não possui renda própria, para se locomover necessitam de desembolsar 1,35 por viagem. Trabalhador que ganha um salário mínimo, necessita desembolsar 2,70 por viagem, o que não é apenas uma por dia, ainda após o expediente cansativo é exposto a uma verdadeira humilhação. Dentro do coletivo é realmente humilhante, pois as pessoas ficam espremidas umas nas outras para que caiba todos, imagino que a humilhação é ainda maior para as mulheres, pelo fato de que ao se locomover dentro do ônibus há o contato físico, e creio que seja bem constrangedor, ainda mais quando encontra-se um sujeito de má índole que se aproveita da situação, sinto-me envergonhado quando ocorre esse tipo de situação. Para que haja o fluxo de pessoas no ônibus tem de haver um certo jogo de cintura, ficar na ponta do pé para não ocupar tanto espaço, ações desse tipo. Mas a pergunta é, por que um péssimo serviço com uma taxa nesse valor? É complicado, pagamos caro por algo que não vale nada do que cobra, a extrema má qualidade é inquestionável, a tarifa é algo ainda mais absurdo. O trânsito da cidade, assim como de várias metrópoles está em estado caótico, pela quantidade de veículos que rodam, com um péssimo transporte público, a alternativa que as pessoas normalmente encontram é adquirir seu próprio automóvel, o que acaba enchendo as ruas de carros, com isso o trânsito fica horrível com grande dificuldade de locomoção dos indivíduos, tanto no transporte público, quanto nos privados. Se houvesse um transporte público com boa qualidade a realidade seria com certeza outra, pois por mais que automóvel seja um símbolo de status, as pessoas se limitariam utilizando o coletivo que traria benefícios financeiros e ambiental. Mas com o serviço que é oferecido acaba que os carros de passeios são mais convenientes por evitar constrangimentos e imprevistos. A empresa administradora do transporte coletivo pouco se importa com a qualidade do serviço, pois com os ônibus lotados o capital que entra é grande e ainda evita gastos com combustível, o que aumenta o lucro. A prefeitura devia entrar com alguma ação para modificar essa terrível realidade, a empresa responsável pelo serviço não possui concorrência, gerando a situação atual, o descaso com as pessoas que utilizando o meio de transporte. Mas será que a prefeitura tem interesse em realizar algum ato para que haja mudança? Esperar algo de quem não necessita da mudança é um pouco improvável, a mudança deve partir de quem utiliza do meio, mas como sempre, falar é um tanto quanto fácil, o agir que chega a ser um pouco mais difícil, enquanto não há mudança 'o cidadão brasileiro é tratado que nem lixo', e eu com meus 17 estou nesse conjunto, com o desejo e esperança completamente vivos. Algo que não pode acontecer e que acontecce, é o que está presente em muitos transtornos, o 'acostumar' com determinada situação, por pior que seja ainda conseguimos nos acostumar, e esse sentimento de comodidade nos deixa estagnado, não conseguindo fazer nada para mudar, e que se potencializa em falta de perspectiva, o que torna ainda pior fazendo com que tudo continue a mesma merda. Como diz um trecho de uma canção do Engenheiros do Hawaii "Nessa selva, a gente se acostuma a muito pouco, a gente fica achando que é normal, entrar na fila comprar ingresso pra levar porrada", e nessa situação é examente o que acontece, não se pode achar que é normal, pois de fato não era para ser, e a mudança deve partir do intimo de cada um, não há como forçar alguém a mudar, não mesmo, quando isso ocorre é a mesma coisa que nada, sem objetivos fundamentados, sem resultados efetivos. Liberte-se e lute, eu acreidto!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Uma leve e breve, viagem...

Os medos são superados, assim como adquiridos, e quase que algo necessário, e talvez seja, ou apenas acaso, mas desgosto da parte casual. Antes tinha medo do escuro, hoje tenho medo da escuridão. Antes tinha medo de perder, hoje tenho medo de ter... Ter é complicado e confuso, é difícil saber se tem, o que realmente caracteriza a posse? É a condição de ter na mão, podendo colocar na boca ou jogar fora com a mesma precisão? Talvez, possuir requer cuidado, é cauteloso, é suave, é robusto, é bruto. É extremo, mas como achar o justo meio de algo que deve ser extremo. Mas dai talvez não tenha de ser extremo... Não seja para ver se terá. Por isso nunca atinja o completo, na verdade é preciso, mas da para seguir não tendo. Ou talvez o certo seja nunca ter, mas veja bem, se não tem, não tem, é bem extremo, é ter ou não ter, e quando não se tem, não tem... E o não ter gera insegurança, talvez a insegurança seja pessoal, e faça parte da essência, assim como o medo, de alguma forma sendo parte componente do ser. O medo é ramificado, nesse raciocínio levou a posse, talvez por conta do egoísmo... E eu que sempre ridicularizei frases que diziam que o medo é necessário, acabo que concordando com essa tese. Voltando a ideia inicial, a primeira frase, talvez o medo jamais é superado, apenas amenizado, em todo caso são só possibilidades. Dizem que sou incerto por usar tanto talvez, é talvez seja, mas tente ser exato com pensamentos, se conseguir garanto que estará equivocado (rs). Se me deparasse apenas com 1+1, seria exatamente exato, assim como meus 17, que talvez não seja tão exato assim. (rs)

sábado, 21 de dezembro de 2013

O problema é meu, não é seu!

Eu, como criança que sou, exijo que essa expressão seja abolida de nosso vocabulário, para todo o sempre! Parece brincadeira, mas não é, é sério, isso nos prejudica, não só uma pessoa mas diversas, pelo fato de que vivemos em uma sociedade, e quando o problema é de um, é de todos. Só não será problema de todos, caso você viva isolado em uma floresta do Vietnã, e mesmo assim corre risco de ser problema de todos. Hoje meu irmão menor (os menores são foda...) por um acaso, o destino estragou sua bicicleta, e em um dialogo entre nós, disse a ele que sabia que tinha estragado o veículo, logo ele proferiu essas destrutivas e ignorantes palavras 'o problema é meu, não é seu!'. NÃO! É ai que você se engana maninho, a bicicleta pode até ser sua, mas o problema é nosso, pois esse fato implicará também na minha vida, pois papai terá de gastar grana com o conserto, e isso modificará, por menor que seja, o orçamento familiar. Essa é um historinha verídica para refletir. Todos nós de certa forma possuímos alguns problemas, seja ele qual for, não acaba sendo um problema particular, e sim coletivo, pois querendo ou não irá interferir na vida de terceiros, tanto de forma direta quanto indireta, pois problemas tem a infeliz capacidade de abalar, e quando isso ocorre, há uma modificação de comportamento do individuo, que logo interfere no circulo de convivência. Que tal um exemplo diferenciado, digamos que certo alguém seja demitido de seu emprego, e forças maiores o leva a um bar para dar uma "relaxada", esse certo alguém tem um problema, que até então é seu, depois de algumas doses esse alguém decide pegar seu automóvel e sair em alta velocidade, pois ele está com problemas e um pouco chateado com a vida, logo em algumas esquinas a frente está uma criança na calçada tomando um ar curtindo o luar, e por um triste e infeliz "acaso" o certo alguém que estava em alta velocidade atinge a criança em cheio levando a mesma a óbito, e agora, de quem é o problema? Serão de muitos, pelo fato de que várias pessoas serão englobadas nesse problema, familiares e amigos das duas partes serão atingidas. Dessa forma, normalmente quando se tem um problema, ele não é só seu, mas de um coletivo, e as formas com que você decide resolve-los, ou amenizar, tem de ser bem pensada para que não se potencialize em outros problemas. Por esse motivo também, é bom ter alguém para compartilhar problemas, pois é uma boa forma de achar a resolução, e deve ser por isso que as redes sociais são tão cheias de desabafos, os consultórios de pacientes, a cadeia de presos... E vocês, criançinhas que costumam dizer 'o problema é meu, não é seu' (inclusive meu irmão), e não só crianças, mas também os adultos que tem esse hábito, não só de dizer, mas colocar em prática, tratem de pensar muito bem antes de dizer, pois certamente o seu problema também é ou será meu, mesmo com meus 17.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Quem foi que disse que papai noel não existe?! Até você pode ser um...

O Natal é uma data comemorativa de origem religiosa e mitológica. Que conforme o tempo e por influência do sistema capitalista, tornou-se uma data de troca de presentes, consequentemente estimulando o comércio econômico. Mas deixemos todos esses aspectos de lado, é isso mesmo, com todo respeito, esqueça o lado religioso, o lado capitalista, e foque em um lado solidário. É simples, temos diversas pessoas que necessitam de diversas coisas, com certeza você também precisa de algumas coisas, mas normalmente há pessoas com necessidades maiores. Então por quê não estimular seu lado solidário nesta data? Imagino que não precisa ser algo material, pessoas não necessitam apenas de objetos, necessitam e muito de afeto, e algo que pode ser quase nada para você, pode significar muito para outra. Creio que na sua região há abrigos, áxilos, hospitais, entre outros locais que necessitam desse tipo de ação. Garanto-lhes que é muito gratificante esse tipo de ato, se tiver condição e oportunidade, faça, é de extremo valor para terceiros. *O motivo pelo qual escrevi foi um vídeo assistido no facebook, onde pessoas destribuíam brinquedos a crianças carentes*. Faça o papai noel existir, dê seu rosto a ele, e alegria aos que creem nele, e mesmo aqueles que não creem, mas possam usufruir dessa pseudo existência. Você deve tá se perguntando, tá mas e você? Eu, juntamente com um pessoal, fizemos antecipadamente um ato parecido, e foi extremamente gratificante. Espero que você, tendo 17 ou não, faça o mesmo.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Reflexos.

Todos nós somos construídos, somos formados, somos reflexos daquilo que nos rodeia. Principalmente no período da infância onde a criança agrega e forma seus valores que são vindos de outras pessoas, normalmente do âmbito familiar, de convivência, ou até mesmo televisivo. Não tendo obrigatoriedade de a criança assemelhar-se com os pais ou familiares, de certa forma, algumas vezes há uma peneira, o que não é muito frequente. Na minha casa somos três irmãos, o mais velho 23, eu 17, o menor 9, meus gostos musicais são exatamente iguais ao do mais velho, exceto o sertanejo que troquei pelo rap, já o menor canta funk ostentação... Eu e o mais velho costumávamos tomar água sem copo, logo o menor começou praticar a mesma ação. É nítida as semelhanças, isso ocorre pelo fato de que para a construção individual utiliza-se de exemplos coletivos. A formação de um indivíduo exige um exemplo que serve como um modelo de construção para sua formação como pessoa. Isso não quer dizer que uma criança nascida na favela vá ser traficante ou ladrão, mas tem uma tendência a se apropriar das formas utilizadas de suprir as necessidades daquele local, o que não impede que o mesmo possa a vir a ser um profissional formado academicamente. O que também não livra um filho de médico de vir a ser um ladrão ou traficante, contraria um pouco a tese de reflexo, porém, no âmbito de convivência esse indivíduo pode vir a ter contato com esse tipo de prática, que faz com que ele se torne um criminoso. Lembrando um pouco das aulas de filosofia, o mestre certo dia falou sobre facticidade e transcendência, que nada mais é, facticidade é aquilo que já existe antes de você e lhe é atribuído assim que nasce, e a transcendência é o ato de romper com a facticidade, podemos usar um exemplo relacionado ao trabalho, uma criança, no caso menino, que é filho de um pedreiro tendo uma condição financeira ruim, pode muito bem transcender seguindo uma outra profissão e mudando a sua condição financeira. Contudo, ninguém nasce ladrão, ninguém nasce traficante, ninguém nasce médico, ninguém nasce atleta, apenas se formam, alguns de forma 'boa' outros 'ruim'. Se certo alguém transforma-se em criminoso, houve uma formação, e para que não haja mais formações como esta, deve de haver estudos a respeito da 'má influência' para que não venha a se repetir, mas como isso "não" é muito interessante, e necessita de aprofundar, continua-se formando essas pessoas que num futuro próximo causam transtornos para a sociedade. Então, tente ser um bom exemplo, não é questão de ser politicamente correto, ou algo do gênero, mas tente ser alguém que tenha uma influência positiva na vida de outras pessoas. E para fazer isso, não precisa ter mais de 17.

"A vaidade excita"

Para falar de vaidade, eu devia deixar a minha de lado, mas como? A vaidade ela é individual, podendo ser também coletiva, e não é somente aquela vaidade estética, sendo essa o pontapé. Imagine se não houvesse espelho, não houvesse nada que pudesse refletir a sua imagem, creio que muitos se assustaram, e talvez nem consigam imaginar como seria, pelo fato de estar tão acostumado a se olhar. Os nossos índios até que os queridos portugueses chegassem viviam sem espelhos, e creio que eram muito felizes dessa forma, pois assim evitavam diversos problemas. E uma das formas que os lusitanos usaram para domesticar nossos antepassados foi através dos espelhos. O espelho é irmão do preconceito, você deve estar se perguntando, mas que tem haver um simples espelho com uma das piores ações dos seres humanos? É simples, o que reflete no espelho é aquela primeira imagem, a mesma que um racista usa para atacar um negro, a primeira imagem, basta ser negro, é a imagem que o racista precisa para atacar. A mesma que homofóbico precisa para violentar um homossexual, é aquele primeira imagem. Não se procura e nem quer saber nada sobre a pessoa, o que importa é simplesmente a primeira imagem, e é a mesma que o espelho reflete sempre. Pois o espelho não reflete as ideologias, os conceitos e os gostos ou desgostos do indivíduo, apenas a sua imagem carnal. Além de irmão do preconceito, o espelho também é irmão do estereótipo, que se assemelha com o preconceito, o preconceito é o conceito inicial que se obtêm de algo, o estereótipo é a caracterização de algo por antecedentes ou pelo que aparenta a ser, o que há incomum entre eles é a ignorância pela qual são atribuídas, pelo fato de que não há nenhum conhecimento aprofundado para obter os conceitos, basta a primeira imagem do espelho. A vaidade está tão profunda em nós, que normalmente somos incapazes de sair de casa sem olhar no espelho, mas por que isso? Porque tenho de me preocupar com o que minha imagem vai passar? Será que minha pessoa é tão pobre que preciso me caracterizar de algo para transmitir alguma mensagem? É, acredito que tenha um pouco disso, a falta de conteúdo necessita de outros aspectos para preencher, sendo assim a imagem estética, a imagem do espelho é de boa utilidade nessas ocasiões. Não tiremos o mérito das indústrias cosméticas, vestuários, estéticas e midiáticas. Pois boa parte da vaidade nos é de certa forma imposta, pelo fato de que a vaidade se tornou algo coletivo, não acredito que todos no seu individual goste de vestir camisa da Hollister, mas pelo fato de que é bacana usar e lhe atribui determinados conceitos, é interessante que se use. E aquele que se diferem dessa grande massa, se deparam diretamente com o primeiro irmão do espelho, o preconceito, pelo fato de ser diferente, é estranho, esquisito, e normalmente feio. Por esse fato nos deparamos com tantas pessoas parecidas, a indústria acaba que uniformizando a sociedade, conhecemos uma pessoa a pouco tempo mas parece que já vimos aqueles mesmos discursos, talvez seja porque o raio que atingiram-nos seja o mesmo, é algo deprimente, acaba que excluindo a beleza individual, a beleza do indivíduo, e fica tudo muito igual. Mas assim é mais fácil e lucrativo, o Fordismo e Taylorismo visa exatamente isso, a produção em massa procura atingir esse resultado para alcançar cada vez mais mercado consumidor alavancando os lucros. Dessa forma, junto a globalização, não é difícil de encontrarmos uma pessoa do Brasil que se pareça com um europeu, pelo fato do eurocentrismo, o que nós fode, achar que o que é europeu é melhor que o local, isso é uma construção cultural, a qual espero que seja rompida conforme o tempo, mas para isso precisaríamos de um parâmetro nacional, o que é difícil no nosso caso, brasileiros, pelo fato de que nossa identidade é um pouco obscura. Enfim, as ideias desse texto teve algumas ramificações, desculpe a bagunça, mas espero que consigam compreender (rs), terminarei este texto com um relato. Nesse ano pude conviver com uma pessoa extraordinária, diferente de todas as que já conheci na vida, uma pessoa realmente surpreendente, e o melhor, maravilhosamente magnífica. Essa pessoa segundo os parâmetros de análise é caracterizada como 'especial' (olhe só, por ser diferente dizemos que é especial...), e sem dúvidas foi a pessoa mais especial que já conheci, é de uma espontaneidade incomum, não tem preocupação com o que os outros pensam a respeito dela imagino eu, cantava, dançava, gritava, elogiava, a qualquer momento, no momento em que lhe dava vontade, e a beleza dessas ações é indescritível, talvez pela pureza dos movimentos. Um certo dia colocamos um gorro na cabeça dessa pessoa, e eu quis lhe mostrar como tinha ficado, logo ao chegar próximo de algo que refletia e apontar como tinha ficado, a reflexão da imagem não tinha importância alguma, nem se preocupou como havia ficado com aquele gorro, talvez porque aquilo não fazia diferença alguma para ela, pelo fato de o que ela é não iria mudar com ou sem gorro, e talvez é essa não preocupação com o espelho, com a imagem, com a vaidade, que torna aquela pessoa tão única e maravilhosa. Maquiamos-nos com acessórios, adquirimos características que não são nossa, e para quê? Será que o individual é tão ruim que precisa se apossar de características alheias? Talvez, em todo caso, estamos nos tornando cada vez mais iguais, e isso é deprimente, espero ter a honra de conhecer mais pessoas, assim como a pessoa citada, que sejam únicas. Espero que nossa vaidade não seja maior que o nosso ser, seria um grande rombo para o sistema (rs). Vivenciando a vaidade há 17.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Copa para quem precisa, quem precisa de copinha?!

É pessoal, uma grande catástrofe está marcada para o ano de 2014, podem acreditar, ou melhor, nós veremos. Me pergunto o que posso fazer para impedir, me encontro sem respostas para essa pergunta, pelo fato de ser um pouco complexo, e não conseguir enxergar proporções numerosas que possam estar nessa luta. Como todos nós sabemos, infelizmente, no próximo ano em nosso país acontecerá o maior evento esportivo do mundo, a Copa do Mundo, mas dai eu questiono, para que Copa do Mundo? Eu preciso de Copa do Mundo? Você precisa de Copa do Mundo? O Brasil precisa de Copa do Mundo? Os governantes precisam de Copa do Mundo? Grandes empresários precisam de Copa do Mundo? ... Comecemos a procurar achar respostas para essas perguntas. Para que Copa do Mundo? A Copa do Mundo não tem nenhuma serventia, a não ser proporcionar momento de lazer, para aqueles que gostam de futebol, o que poderia ser proporcionado por outras ações que não trouxessem tantos prejuízos. Eu preciso de Copa do Mundo? Nenhum pouquinho, a Copa de 2014 não será útil de forma alguma para mim, não acrescentará nada em minha vida, muito pelo contrário, só me trará revolta. Você precisa de Copa do Mundo? Certamente assim como eu, não, a não ser que você seja um empresário dono de redes hoteleiras ou de algum tipo de comércio que irá lucrar com o evento, mesmo assim, não será de tanta utilidade caso você seja brasileiro (pague impostos) e goste do seu país. Ou também se você é uma pessoa sensata (super ironicamente) que acha que a Copa servirá para proporcionar feriados, sendo que nesses dias você estará em uma mesa de bar enriquecendo as indústrias de bebidas e dando audiência para uma emissora de TV (coisas que você já faz no seu cotidiano, então se você estava achando que precisava de Copa para isso, acho que você está enganado, e certamente continuará com essa crença). Ou também se você gosta de futebol, mas se você for um pouquinho mais sensato e colocar em uma balança, verá que mesmo você gostando de futebol, para você a copa é algo totalmente desnecessário. O Brasil precisa de Copa do Mundo? NÃO, O BRASIL NÃO PRECISA DE COPA DO MUNDO, DE FORMA ALGUMA. Quando se fala 'O Brasil' é a mesma coisa de 'os brasileiros' sendo assim, a maioria quase total, não precisa de Copa do Mundo. O Brasil precisa é de educação de qualidade, pois a rede educacional Brasil é totalmente defasada, tanto de recursos, quanto de profissionais, temos escolas com estrutura decadente, os profissionais de educação não são estimulados a dar aula, muito pelo contrário, as escolas não oferecem dinâmicas para que os estudantes sejam atraídos, o Brasil não precisa de Copa, precisa é de educação, o Brasil não precisa de Estádios, o Brasil precisa é de instituições de ensino, o Brasil não precisa de profissionais do esporte, e sim da educação. Os brasileiros não precisam de copa, precisam é de saúde, os brasileiros não precisam de estádios, precisa é de hospitais, os brasileiros não precisam de profissionais do esporte, precisam é de profissionais da saúde. Os brasileiros não precisam de Copa, precisam é de moradia, o Brasil não precisa de Copa, precisa é de infraestrutura, o Brasil não precisa de estádios, precisa é de ruas que não tenham buracos, que não alaguem, que não transborde para dentro das casas. Os brasileiros não precisam de copa, PRECISAM DE RESPEITO. Os governantes precisam de Copa do Mundo? É CLARO! Assim facilita os desvios de verbas, dai eles não precisam arriscar tanto desviando verba da educação e saúde (o que não é tão arriscado), precisam para enriquecer suas famílias e empobrecer a nossa, minha e sua, nação. Grandes empresários precisam de Copa do Mundo? Da mesma forma que os governantes, sim, pois lucraram com suas empresas, e com superfaturamento das obras, roubando o dinheiro que é meu e seu, alavancando suas fortunas as nossas custas. É meu caro, o Brasil não precisa de Copa, eu e você, não precisamos de Copa, você mais do que eu sabe do que você precisa, e eu tenho certeza de que não é de Copa do Mundo. Os estrangeiros que virão para nosso país não irão nos trazer vantagem, muito pelo contrário, o capital (a grana), circulará na mão dos grandes empresários, as movimentações estarão na mão dos magnatas, enquanto eu e você financiaremos essa palhaçada, faremos um investimento sem retorno, e tenho medo que você ainda se sinta feliz sendo roubado, usurpado, esculachado, assistindo a patifaria na TV. Os estrangeiros que virão aqui, têm um conceito sobre a nossa terra, e garanto-lhes que não é um conceito bacana, para eles aqui é uma terra sem lei, o que é quase verdade, virão aqui e aprontarão o que lhes derem na telha e irão embora. As mulheres brasileiras são símbolos sexuais, a prostituição aumentará. Os moradores de rua são empecilhos para os organizadores, eles serão de alguma forma tirados de cena, e certamente não será de uma forma legal. Diversas famílias já foram retiradas das suas casas por serem próximas aos estádios, e para haver a construção dos estádios, e os locais que foram destinados, certamente não são legais. Espero que você não pense apenas em você e em mim, pense em nós, brasileiros, o que é agradável para você pode não ser para outros. E mesmo depois desse texto, continuo sem ideia do que fazer, gostaria que depois de ter lido o texto você tivesse alguma ideia, e pudesse compartilhar comigo para impedirmos algo, ou mesmo minimizar. Creio que você se lembra, tenho 17.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Salvo pela lataria mais ou menos.

Enquanto esperava um lanche em um lanchonete da 'Era uma praça...', algumas pessoas se acomodaram próximo da mesa onde eu estava, pessoas com comportamentos e falas estranhas, de gerar certo receio. Passados alguns minutos uma viatura da PM se aproxima de onde estávamos e começa uma abordagem, de inicio em um jovem, terminada a abordagem no mesmo, pediram (de um jeito delicado) para que todos que se encontravam ali, levantassem e fossem ficar um ao lado do outro, com a mão na cabeça. Vale ressaltar, que em todo este período havia um policial com a arma em punho e com o dedo próximo ao gatilho, e esse mesmo fazia alguns movimentos bruscos. Depois pediram (educadamente como sempre) que todos retirassem os objetos do bolso. Fiz o que pediram, retirei do meu bolso alguns objetos, (RG, cartão escolar, fone de ouvido), e os coloquei no chão, nesse momento um dos policiais dirigiu as seguintes palavras a mim: "Onde você estava?", "você fuma, mas tem cara de que presta, pode ir". Analisemos essa fala. "Você fuma", porra seu polícia, sou mó careta, faço isso não, "mas tem cara de que presta", e quem presta tem cara agora? Poderia estar portando alguns tabletes de maconha, pó, entre outras drogas em minha mochila, mesmo tendo essa cara. O "achismo" do nosso guarda é bem meia boca. Continuemos a análise "você fuma, mas tem cara de que presta", certo, no caso ele se referiu a maconha, e até onde eu sei essa droga é proibida, logo se eu uso, para a lei eu não deveria prestar, porque estaria infligindo a lei, sendo assim também não prestaria para o policial. Mas não é isso que aconteceu, nesse fato podemos notar que esses homens da lei, que na verdade deveria estar em nome da lei, no caso para cumpri-la, criam uma nova lei, são indiferente quanto a constituição e todo o aparato legislativo, usam como parâmetro seus próprios conceitos, executando suas ações de forma equivocada, e as vezes desastrosas. Esse fato mostra o quanto temos policiais despreparados. E como esse mesmo fato, acabo que me privando de frequentar esse local, pois passar por situação como essa além de humilhante, é arriscada. Temos poucos locais de lazer na cidade, e os que temos estão cheios desse tipo de pessoas, dessa forma fica complicado para quem quer se divertir, e o pior é a indiferença dos nossos administradores, que por não frequentar esses locais não tem interesse de que tenha qualidade. Afinal, nos bairros nobres não estarão sujeitos a situações como essas, dessa forma, não há com o que se preocupar. Enquanto eu e você, que não tem a condição financeira boa, para estar indo nos bairros nobres, somos sujeitos a isso, e caso não queremos, temos de ficar em casa assistindo a merda que passa na TV. Está na hora de mudar isso, não acha? Lembre-se, tenho 17.

Senhora Ela...

Nesse momento abro espaço e me esforço para jogar algumas palavras, que obviamente não chegarão nem perto da descrição ideal, até pelo fato de que não existe. Ela é uma mulher de vinte e poucos anos, engraçadamente, a mesma idade do meu irmão mais velho, e mesmo tendo esses vinte e poucos é a mulher mais incrível que já conheci, junto a minha mamãe, é claro rs. Sou extremamente grato por tudo, proporcionado, realizado, acompanhado, convivido... Quando você estiver caindo ofereço a ti a minha companhia, ofereço também as minhas asas, ofereço ainda tudo o que tiver ao meu alcance de ser oferecido, e até o que não estiver, mas que possa a vim estar. Se quiser ficar sozinha durante a queda, estarei lá embaixo te esperando, ou mesmo se quiser alguém para te ajudar a levantar, estarei lá em cima com a mão estendida para baixo, para que você pegue e suba. É o que almejo, por gratidão, e por cativar. E como já disse, a criança mais criança que já conheci, contrária a minha afirmação ali de cima quando digo mulher, mas com você não precisa haver essa distinção, pode ser utilizado das duas formas, a criança mais incrível, ou a mulher mais incrível, não é capaz de tirar o mérito que possui a sua pessoa. Talvez essas palavras não tenham sido muita coisa, mas deixo por aqui os meus agradecimentos, meu muito obrigado. E que aquele círculo possa vim a ser realizado, com novos e velhos coleguinhas, sua cadeira já está reservada, em dobro por conta do grande companheiro. E que possa haver muitos 17's nesse círculo.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Era uma praça...

Quando se afasta das ruas, elas modificam-se. Hoje me assustei, quando visitei um local, onde havia uma movimentação esportiva interessante. Quando cheguei em uma praça frequentada antes por skatistas e adeptos de ‘esportes radicais’, fiquei surpreso, havia mais traficante do que banco, um pouco exagero, mas a cada dez metros, rolava uma movimentação de drogas intensa. E o pior, essa praça conhecida, localiza-se a menos de um km do centro da cidade e é rodeada por universidades federais e privada. A praça, chamada Universitária, era para ser a concentração de cultura, e sabedoria, onde teria o convívio e a troca de saberes entre estudantes. ERA, pois o que vi hoje não chega a ser nada disso. A praça estava dividida, em uma parte concentrava-se, como já dito, diversos traficantes, até mesmo um menino que aparentava ter no máximo 14 anos. Em outra parte, mais especificamente em um bar, reuniam-se diversos universitários, universitários esses, que financiam a movimentação criminal da praça, universitários estes que financiam a violência e os diversos crimes que são potencializados pela compra de drogas. E o pior é pensar que esses mesmos estudantes, há seis meses estavam fazendo manifestações contra a corrupção, e o que vocês são? Para mim, uns merdas, desculpe a palavra. E o que é ainda pior é pensar que esses mesmos estudantes poderiam ser a mudança da infeliz realidade que vivemos, que poderiam ser revolucionários. Quanto desperdício, pessoas como essas não mereciam estar em uma universidade, tendo o contato com o saber utilizando-o de forma tão inútil. Pegue toda a merda da sua bagagem acadêmica e jogue no lixo, porque ela não lhe serve para nada, tão pouco para a sociedade. A nitidez da desigualdade social é de entristecer, aqueles jovens perdidos na vida do crime, fornecendo a desgraça, e se auto desgraçando, enquanto aqueles outros, com um contato tão próximo de filósofos e diversos pensadores, com condições de modificar a sociedade, financiando a criminalidade. E a poucos metros dessa mesma movimentação, havia uma viatura policial estacionada, dai me pergunto, por que não houve abordagem ou averiguação do fato? O comércio foi liberado e eu não estou sabendo? Ou quem fornece essas merdas são pessoas do alto poder da nossa sociedade, e que faz com que seja permitido o ato? Fica o questionamento... Sinto uma imensa vergonha dos nossos queridos universitários, se um dia adentrar em uma dessas universidades, sentirei vergonha dos meus colegas, tendo apenas 17.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sementes, esplendidas, sementes...

Hoje, passado três anos, tive a oportunidade de estar reencontrando um professor, que prefiro caracterizá-lo como mestre. Quando fomos nos cumprimentar, por se tratar da fase da adolescência em que tivemos contato, em um intervalo de três anos, fisicamente passei por grandes mudanças, por esse fato, em primeiro momento esse professor não me reconheceu. Porém, imagino que com meias palavras trocadas logo tratou de se lembrar, e me proferiu as seguintes palavras, com seu jeito descontraído 'po bixo cê mudou demais'. E realmente, mudei bastante, e esse mestre contribui para essa mudança... Em outro momento, enquanto tinha uma fala com os seus alunos, tive um breve pressentimento que ele se viu um pouco em minhas palavras, o que não era para menos, pelo fato dele ter sido uma espécie de exemplo. Em outro momento, após o anterior, surgiu a ideia, naturalmente de esse professor fazer um depoimento a respeito da apresentação que uns amigos e eu fizemos na aula do mesmo. E em dado momento de sua fala, podem perceber que é cheio de momentos (rs), o mesmo usou a metáfora da semente, semente essa que teria sido plantada por ele em um passado não muito distante, a três anos, e que estaria surgindo resultados, positivos por sinal. E realmente, o senhor estava completamente certo, a semente e um dos primeiro contatos com lições de cidadania, respeito, participação, conhecimento, revoluções foram proporcionadas por aquelas aulas divertidas de história. Esse fato fez com que eu pudesse refletir sobre esses momentos, e sobre as minhas ações relacionadas as fantásticas sementes, era nítido a satisfação e a emoção com que aquele professor se orgulhava dos seus possíveis frutos, a gratificação chegou a transbordar por seus olhos em forma de lágrimas. Nesse mesmo dia, me deparei com outra situação, na qual estava diante dos meus olhos uma semente não muito interessante que eu havia plantado no passado, me senti extremamente envergonhado, ao ponto de não conseguir encarar focando os olhos. Mas como o ontem é passado, e o hoje é presente, e amanhã é futuro, insisto nas sementes, esse dia repleto de sementes e frutos, e frutos de sementes, foram de grande importância para que eu pudesse pensar sobre. Devido a supostas ações realizadas por minha pessoa, chegaram a mim certos elogios, que me deixaram extremamente orgulhoso e feliz, na qual pessoas me mostraram sementes recentes em que eu havia plantado e que até o momento estava gerando bons frutos. Esses momentos me fizeram relacionar as sementes, as vezes é importante fazermos comparações, aquela semente ruim que plantei no passado, me trouxa um sentimento de vergonha e constrangimento, que não é nenhum pouco gratificante, já as ‘boas sementes ‘ geram um sentimento de até mesmo euforia, isso me faz estar a cada dia mais querendo buscando apenas plantar boas sementes, para que em um futuro, seja ele de três anos, ou de horas, possa me trazer satisfação. Escutando algumas músicas, me veio à cabeça um artista que tenho imensa admiração, Criolo, em uma de suas poesias ele diz 'exemplo não sou, cidadão comum com vontade de vencer', me identifico bastante com essa frase, pois sou apenas um cidadão comum, de 17, com vontade de crescer, mas não crescer somente individualmente, mas de forma que agregue todos que esteja a minha volta, e aqueles que não estão, mas que de forma abrangente possam estar sendo atingidas por 'boas ações'. Esse mesmo raciocínio me remete a outra música, do mesmo artista, onde ele diz: 'Quem tá na linha de frente, não pode amarelar, o sorriso inocente, das crianças de lá', que me proporciona a seguinte reflexão, se tenho ideais, ou apenas ideias, e que quando compartilhadas, outras pessoas são contaminadas, mesmo que no fim dê errado, irei em frente, por mais que cause medo e haja dificuldades, não posso ‘amarelar’, pois a partir do momento em que acreditamos em algo, aquilo existe, e pode ser realizado, dessa forma independente do resultado aquilo deve ser feito até o fim, até que dê certo ou errado. Tenho tido essas experiências em um dos locais em que convivo, e tem sido extremamente gratificante, quando vem o fracasso, partilho com aqueles que acreditaram comigo, porém não desacredito do ideal, é quando há sucesso, a felicidade é inexplicável e não há nada que pague. As minhas má sementes do passado espero que sejam perdoadas, e no meu presente e futuro, procuro e procurarei estar plantando apenas boas sementes, pois estas são fantásticas, independente do momento em que são colhidas. Mesmo com 17 já tenho algumas que me orgulho. Aproveito para agradecer as boas sementes que foram plantadas a cerca de mim. Meu muito obrigado, pretendo fazer que se tornem belos frutos.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Imagine!

Em uma conversa com um amigo sobre o sistema no qual envolve nossa sociedade, falando dos meus ideais, em dado momento me indagou, 'e você o que está fazendo para mudar?', mal sabe ele que quando lhe apresento os ideais estou tentando fazer a minha parte... Mas é algo questionável, todos nós vivemos na sociedade assim com ela está, logo, diretamente ou indiretamente estamos contribuindo para o que ocorre, como a maioria sabe, nós possuímos diversos problemas, mas aí faço aquela indagação inicial, o que estamos fazendo para mudar? Ficar de frente a TV brincando com o controle remoto deliciando-se com as bobagens cheias de cores e sons não é muito recomendável, tão pouco achar que você não tem nada haver com isso. Aliás, é aqui que está o pior, é quando achamos que não temos nada haver com isso, se morre um jovem de um setor afastado, não temos nada haver com isso, mas será mesmo que não temos? Já parou para analisar, de qualquer forma, aquele indivíduo teve certa ou errada motivação para ter cometido o que lhe levou a óbito, seja fazendo uma 'fita' errada, ou apenas "por acaso". Supomos que foi no momento em que praticava um delito, se o que levou a estar cometendo aquele ato foi o fato do meliante e sua família está passando por dificuldades, até mesmo passando fome, sim, você e eu temos culpa. Temos culpa porque o sistema tem culpa, e o sistema somos nós. Se não houvesse a desigualdade social, certamente aquele indivíduo teria algo para saciar sua fome, sendo assim, possivelmente não estaria praticando aquela ação. Mas não tente achar a proporção da sua culpa, muito menos a isenção dela, tente achar a sua parcela, 'e o que você está fazendo para mudar', não se acomode na zona de conforto enquanto temos crianças, mulheres, homens, idosos, morrendo nos hospitais públicos, pois se estão morrendo nos hospitais públicos, é porque tem algum problema ali, e se tem algum problema ali a culpa é sua e minha, porque quem administra aquilo são nossos funcionários, juntamente com nossos governantes, que são escolhidos por nós. É apenas um exemplo no qual engloba a culpa social, o empresário tem culpa, assim como o pedreiro tem, cabe a cada um fazer a sua parte para mudar, tendo em vista que o empresário por ter uma condição financeira legal, não estará se importando muito para que haja mudança, sendo assim, o pedreiro tem de lutar, mas como o pedreiro que trabalha o dia todo terá tempo para pensar em como mudar, é um pouco complicado, e é por isso que temos a desigualdade, porque os que estão 'por cima' tem mais tempo para estar pensando no que fazer para melhorar suas condições, já os menos favorecidos quando há, é pouco, com poucos recursos. Dessa forma, não espere a burguesia fazer algo para mudar, ou qualquer outro, faça você mesmo algo para mudar. Eu acredito que posso mudar, juntamente com outros sonhadores, e olha que só tenho 17. Como já dizia John Lennon: "Você pode dizer Que sou um sonhador Mas não sou o único Tenho a esperança de que um dia Você se juntará a nós E o mundo será como um só"

Quem tem cor tem conta!

Dando um giro pela cidade, passei por três zonas da mesma, pude observar uma intensa movimentação policial, de longe muito diferente do costume. Talvez esse aumento seja devido as estatísticas que indica a cidade como uma das mais violentas. Mas será que aumentando o efetivo policial resolve o problema? Será que esses mesmo policiais estão preparados para atuar nas ruas de forma adequada? Pois bem, nosso querido governador 'tacou' viatura na rua e policiais em terminais de ônibus, talvez isso não seja a melhor forma de conter a violência, pode ser até que seja, mas como todas as ações do governo, são coisas momentâneas, é igual fazem em nossas ruas, quando surge um buraco resolvem com os famosos tapa-buracos, que dura uma semana, ou até a próxima chuva, voltando com proporções maiores. É a mesma coisa que estão fazendo, o imediatismo, aumentou o efetivo policial, o que vai baixar a criminalidade por certo tempo, e depois disso os crimes retornarão em proporções maiores. Porque é mais fácil colocar diversos policiais DESPREPARADOS nas ruas, do que fazer investimento na base da educação, que seria no ensino fundamental e médio, onde por meio de uma educação de qualidade o indivíduo não precisaria estar adentrando ao crime para satisfazer suas necessidades reais e as superfulas que são induzidas pelo meio capitalista. Quando estava no terminal a menos de um metro de mim ocorria uma abordagem policial, fiquei observando, os policiais "aleatoriamente" abordava pessoas que transitavam o local, as pessoas abordadas eram predominantemente de homens, negros, vestimentas "humildes". Neste caso podemos ver que no Brasil o racismo não existe... É pessoal, aqui o racismo não existe, os policiais abordam de preferência os negros porque negro tem tendência a oferecer maior risco a sua segurança, é por segurança. Em uma palestra que participei, teve um palestrante que proferiu uma fala que me fez refletir, sábia por sinal, a seguinte "ser afrodescendente é uma coisa, ser negro é outra", com essa fala explica muita coisa, nos brasileiros somos praticamente todos afrodescendentes, portanto eu por minha tonalidade de pele nunca sofri preconceito, que eu saiba, porém aqueles que têm a tonalidade negra, que é 'negro de pele' convive com o preconceito diariamente, seja de forma disfarçada, ou explicita. Queria dizer aos nossos senhores da segurança, que bandido não tem cor está bem, quantos bandidos branquelos imundos que estão por ai, e o pior, em locais de poder de ação, e escondidos, então tomem cuidado, sou pardo mas posso te roubar tranquilamente. O mundo teve a noticia recentemente da morte de Mandela, não vou dizer Nelson, porque Nelson é um dos nomes de branco que eles davam pros preto. Madiba morre mas o preconceito não, ele está tão vivo quanto você, e até em você, então honre Mandela e faça um favor ao mundo, erradique seu preconceito estúpido. Voltando a abordagem policial, os mesmo estavam de arma em punho em meio a dezenas de pessoas, não tendo consciência de que com aquela arma poderia em um suposto 'descuido' está disparando em uma pessoa que não demonstrava perigo algum, e quando isso ocorre, vão à TV e dizem que foi disparo acidental, se fossem pessoas preparadas para seu oficio não havia acidente algum, e será por que em bairro nobre não há disparo acidental? Talvez porque a abordagem de favelado e burguês seja totalmente diferente. E a forma truculenta na qual abordava aqueles homens, me senti desrespeitado por eles, fazendo com que aqueles indivíduos fossem humilhados em meio a tantas pessoas sem ter feito nada que justificasse aquela abordagem. Como diz o grupo 'Thiagão e os kamikaze do gueto', "respeito e medo é diferente só para vocês saberem", não é dessa forma que os policiais vão conseguir respeito, só injetam revolta em quem já é revoltado. Então queridos administradores das nossas belas cidades brasileiras, encher a cidade de policial não é a solução, deixem de desviar a verba que é destinada para educação e cumpram com o que lhes é de obrigação, mude a realidade da nossa educação, que mudará a realidade de toda a sociedade, por ser um pedido utópico, cabe a nós, meros cidadãos fazer com isso se torne realidade, faça a sua parte, que mesmo tendo 17, farei a minha.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Vulgo três pontos.

O acaso não funciona! O raciocínio pessoal é nítido e mais elegante. Depois desse ponto, as palavras fugiram, os pensamentos se perderam, se eu escrever três pontos ficará muito vago, então é melhor construir uma nova história. Perdão, esse não era o planejado. Até a próxima, com 17.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Jarra furada!

Nesse semestre do ano escolar, tive o prazer de ler um texto de um filósofo, Will Goya, por intermédio de um professor. Em dado momento do texto, Will, fala sobre o "vazio existencial". Que nada mais é que o vazio que todos nós possuímos, querendo ou não. O inicio da jornada de preenchimento ocorre a partir de que o indivíduo é gerado, a partir deste momento já se possui um vazio, uma coisa meio boba, mas o bebê cala-se após estar com o seio da mãe em sua boca, uma forma de se preencher, não? Talvez... Constantemente estamos a busca desse tal preenchimento, arrisco dizer que a famosa felicidade seja o preenchimento, por isso não há, ao menos não conheço, alguém que seja a todo o momento feliz, passamos momentos preenchidos, e talvez é nesses momentos que a felicidade nos acompanha. A busca desesperada pelo preenchimento pode ser algo perigoso e doloroso, na verdade, é! Pois não se pode calcular o tempo que irá durar o líquido da nossa jarra, em um dia pode-se chegar aos dois extremos, totalmente cheia, totalmente vazia, por isso, relacionei a uma jarra furada, por mais que se deposite o líquido, não estará cheia constantemente. Vivemos em uma sociedade que possui diversos dispositivos de preenchimento, mas da mesma forma que se preenche, esvazia-se. Algumas pessoas sentem-se preenchidas com a bebida, outras com comida, mas como é inevitável, não é um recurso que dura o dia todo, sendo assim, não há um preenchimento constante. Mas o pior disso tudo são os falsos preenchimentos, eles são os mais momentâneos, coisa de minutos, até mesmo segundos, que não levam a lugar algum... Mas pensemos em outra possibilidade, ao invés de estarmos sempre jogando o líquido na jarra, o que de certo modo é tolice e em vão, não tentamos concertar a jarra? Talvez esse seja o verdadeiro segredo da felicidade. Ainda não sei como fazer isso, não é para menos, só tenho 17.

Ego, ego, ismo!

Egoístas! É exatamente isso que nós somos, e infelizmente, progredimos cada dia mais nesse âmbito. O que é desesperador, mergulhados em nossa medíocre vaidade. O egoísmo está em todos os aspectos, nos mais profundos, aos mais banais... Analisemos fatos, estava eu e mais três amigos, tínhamos pouca grana, mas tínhamos, estávamos com fome, então tratamos de ir comprar algo para comer, cada um se apossou de quatro unidades de salgados, a nossa fome não ia além de dois, mas como tínhamos em mãos, foram os quatro, dai a pouco, diversos moradores de rua, em situações deprimentes movimentam-se em nossa volta, paremos para pensar, poxa, por que não cedi um salgado a algum daqueles indivíduos? Já que tinha quatro, um a menos não faria diferença, mas por conta de diversos motivos relacionados ao egoísmo, eu e meus colegas ficamos satisfeitos com aqueles salgados, enquanto diversos outros indivíduos sentiam a terrível e real, fome. O egoísmo está se tornando algo cultural e cultuado, as novas gerações são apresentadas precocemente a essas condutas. Pode-se perceber quando uma criança ganha um brinquedo, dificilmente compartilha aquele objeto com alguém, é como se fosse algo raro e intocável, o sentimento de posse toma conta da pessoa, ao ponto de se tornar obsessão. As nossas belas estatísticas não contrariam, inúmeras mulheres são violentadas por essa razão, a obsessão repugnante de seus parceiros. É estranho, ou talvez claro, que em boa parte das coisas ruins está relacionada ao sistema. Basicamente, nossa polícia existe para proteção de propriedades privadas, por esse e outros motivos que temos a “necessidade” desse tipo de serviço. Quando uma pessoa pratica uma ‘boa ação’, entorno desse fato há uma exaltação, por quê? Por que estamos tão acostumados com o individualismo e o egoísmo, que quando deparamos com situações diferentes ficamos um pouco espantados de início, e logo depois admirados. Mas é onde está o ponto, isso devia ser algo natural, o que talvez era para ser natural, não é natural. É mais uma inversão de valores, que estão relacionadas, quando vemos uma noticia de um assassinato reagimos de forma natural, é a parada do ‘acostumar’, estamos tão acostumados com coisas desse tipo, que acaba se tornando normal, e que evolui para a comodidade, não pensamos que aquele indivíduo que acaba de falecer tinha uma família, uma história, uma paixão, uma parcela da vida passada e outra que viria a acontecer, porque acaba que se tornando só mais um, dentre tantos outros. Até mesmo os sentimentos foram englobados, enquanto há a satisfação individual, pouco importa o outro, que talvez por esse motivo de satisfação alheia esteja em um péssimo estado. Existem pessoas que se diferenciam da maioria nesse aspecto, mas são poucas, que por esse fato tenho enorme admiração, espero que possamos transcender esse falso comum, que num futuro imediato as pessoas tenham respeito e solidariedade apenas pelo fato de serem humanas, não por graus de parentesco ou proximidade. Mas enquanto predominar o “cada um com seus problemas” essa será a nossa triste realidade. Afinal, ainda tenho só 17.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Prove, na prova!

Hoje realizei uma prova da universidade federal da minha cidade. Meu último ano do ensino médio acabou. Esses fatos me fizeram refletir, será que todos esses anos de estudos têm como objetivo ser aprovado em uma prova de uma universidade?! Objetivamente sim, o objetivo, dos anos escolares, é particularmente a aprovação na prova do vestibular. Chega a ser frustrante, creio que se estivesse me dedicado intensamente ao estudo com intuito de ser aprovado, seria uma pessoa muito frustrada. Nesse momento valorizo todos os instantes de descontração, de brincadeiras, de aulas perdidas, pois se não fosse esses momentos, todos esses anos não teriam nenhuma significação. É claro que os conteúdos dos professores foram de extremo valor, portanto, os ensinamentos de que mais valeram, foram os de como é a vida, foram os que me apresentaram outras vertentes do mundo, foram os que me constituíram como ser humano, não os curriculares que tem como finalidade o vestibular... A algum tempo, as vésperas da 1º fase do vestibular, presenciei uma cena, de um amigo em desespero por conta da prova da universidade, foi muito comovente para mim, até que ponto uma prova, prova algo? Aquele adolescente desesperado, pois se não obtiver a aprovação terá um futuro ainda mais incerto, talvez até o repúdio dos pais. Eu, como estudante da rede pública, sinto pena dos estudantes das empresas educacionais, escolas particulares, vejo essas instituições como formadoras de máquinas sociais, indivíduos que constantemente massageiam seu ego, incapaz de pensar no coletivo, e infelizmente, os lugares das universidades são destinadas, na maioria das vezes para estes indivíduos. Qual realmente a finalidade dessas provas, porque em minha opinião, uma prova de cinco horas (5h), é impossível constatar a capacidade ou a incapacidade de alguém. Conheço verdadeiros gênios, que por não conseguirem alcançar determinada pontuação, ficaram de fora da universidade, é uma perda incalculável, pessoas que realmente poderiam fazer a diferença no mundo, são barradas por um teste, que na verdade não testa nada, só conclui o que você decorou no decorrer da sua vida escolar. Agradeço aos meus professores, verdadeiros mestres, que além do curricular, me ensinaram a ser humano, que é o que realmente importa, e faz diferença para o mundo, o meu muito obrigado pelo trabalho de vocês, e espero que o trabalho de vocês alcance mais pessoas, para formação de pessoas melhores. O vestibular é angustiante, hoje, me sinto aliviado por ter feito a segunda etapa do teste, agora aguardo o resultado do meu teste, que testara a minha capacidade, que dirá se sou apto a estar em uma universidade. Chega a ser irônico, mas é, infelizmente, a verdade. Espero que um dia isso mude, e espero fazer parte dessa mudança.

Diga o quanto você pode gerar, que digo quem e o que você é.

"Como pode ser tragédia a morte de um artista, E a morte de milhões, apenas uma estatística?" Logo ao entrar em uma rede social me deparo com essa frase/questionamento. A resposta é "simples": branco, loiro, olhos azuis, norte-americano, Hollywood, bilhões de dólares, movimento intenso para o sistema... Estas são palavras chaves para resposta dessa pergunta. O nosso sistema, que somos nós, querendo ou não, não importa quem você é, mas o que você pode estar oferecendo para o sistema. Sendo assim, quando o ator, todo bonitinho, morre por estar em um carro de luxo, com velocidade acima da permitida, é uma catástrofe. Mas espera ai, convenhamos que a partir do momento em que ele está a cima da velocidade permitida, consequentemente está cometendo um crime, certo? Pois infringir a lei é crime. Mas por que 'tadinho dele minha infância se foi', e para um neguinho pobre que morre em uma tentativa de furto é 'bandido bom é bandido morto?' "Ah, mas não era ele que estava dirigindo", estando no banco do passageiro consequentemente ele é cúmplice do crime. Então relacionamos ao neguinho que dá fuga, não comete o ato, mas é cúmplice, certo?! "Ah, mas o neguinho que vai dar fuga é cúmplice de um delito que pode ser proveniente de um latrocínio (roubo seguido de morte), ou seja, o neguinho é cúmplice de um assassinato". Uê, mas concorda que, o indivíduo pilotando um veículo a mais de 150 km/h em uma via de máximo 70 km/h, ele está assumindo o risco de assassinar um casal de idosos com os seus netinhos que atravessavam normalmente a via? Mas.. Mas... Não existe mas, os indivíduos protagonistas do acidente, cometeram um crime, e acabaram pagando da pior forma possível, com a vida. E saíram como coitado, principalmente o ator Paul Walker, ele é coitadinho porque contribuía para o giro de uma imensa quantidade de capital, ou seja, a vida dele vale/valia mais do que a minha e a sua, porque nós, quando sociedade, atribuímos valores para pessoas, uma das formas de calculo desse valor é o quanto o seu potencial pode gerar, o dele, gerava bastante, por isso essa comoção toda. E ainda, há cidadãos que profere a seguinte frase: "A morte de Paul Walker leva parte da minha infância, luto". Porra nenhuma! E as infâncias que são perdidas nas favelas, nas bocas de fumo, nas ruas, no sertão, na exploração infantil?! Isso sim é perder a infância, pois essa é uma etapa única da vida do ser humano. "Ele era legal, ajudava instituições", po dá hora, ele fez algo interessante, e você, o que faz além de lamentar a perda? Meus sentimentos a família do ator, mas, mais ainda, meus sentimentos a todas as famílias que perdem diariamente seus entes queridos por conta dessa patifaria.