quarta-feira, 21 de maio de 2014

Qual a rela(FUN)ção entre discriminação e hierarquia?!

A intenção é exatamente provocar a reflexão do motivo da existência de práticas discriminatórias. E relacionar com o que conhecemos por hierarquia. 

Para começarmos tomemos conhecimento do significado das palavras, discriminação (no âmbito da sociologia) e hierarquia, após essa absorção façamos as devidas observações.

A discriminação refere-se a atitudes que prejudicam os sujeitos pertencentes a determinados grupos sociais e resulta de processos sociais que molestam os membros desses grupos. O gênero, a etnia, a raça, a nacionalidade, a religião têm sido ao logo da História algumas das categorias relativamente às quais se verificou discriminação.

Hierarquia é a ordem que existe de forma a priorizar um membro, poderes, categorias, patentes e dignidades de suas organizações: a hierarquia eclesiástica. Qualquer classificação que tenha como base as relações entre superiores e dependentes. 

Agora que sabemos os significados das palavras, iniciemos as reflexões. Para que exista uma hierarquia e para mantê-la vigente em constante funcionamento é necessário que haja discriminações ao que diz respeito às demais formas de ser/agir. Se há igualdades entre as partes não existe hierarquia, pois não há motivo para estabelecer graus de superioridades quando todos possuem a mesma patente. Sendo assim as discriminações existem em função da hierarquia, não possuindo outro real sentido existencial a não ser de hierarquizar.

Por que há a discriminação de gênero (sexismo)?  Pela implantação da hierarquização na estrutura familiar/social, a qual o homem estaria no topo.

 Por que há discriminação do sexo feminino a não ser para que haja a hierarquia familiar/social? Não há outro motivo, pois ambos são da mesma espécie, e apenas se diferem na função reprodutora.

Por que há a discriminação de raça (racismo)? Porque historicamente os europeus no período de expansão territorial depararam-se com os indivíduos negros (África), com o intuito de dominá-los e apropriar-se de suas riquezas (roubá-los) implantaram a hierarquia racial.

Por que há a descriminação racial a não ser para a hierarquização?  Não há outro motivo, pois todos são seres humanos, e apenas se diferem na tonalidade da pele.

Por que há a discriminação religiosa? Porque historicamente a religião é utilizada como aparato de dominação sendo também uma forma de poder, e os povos dominadores perpetuavam sua religião atribuindo invalidade para as outras crenças.

Por que há a discriminação de orientação sexual? Por ser uma prática que vai contra os dogmas religiosos, que por ser um poder hierárquico possui força e discursos legítimos.

Por que há a discriminação de classes?  Porque para manter uma hierarquia econômica foi necessária a implantação da discriminação entre classes sociais.

Descrevi de forma simplista os principais tipos de discriminações, porém nossa sociedade é repleta de outras, por haver inúmeras situações hierárquicas. Afirmo que onde houver hierarquia haverá discriminações. Todas as instituições são constituídas por hierarquia como modelo estrutural, por esse motivo é condicionada as discriminações, em uma concessionária de veículos o vendedor é constantemente discriminado por aqueles que possuem cargos “superiores” na hierarquia. Em uma instituição escolar o professor é submetido a propagar apenas os conteúdos/conhecimentos que são consentidos por aqueles que possuem “superioridade” na hierarquia.

O próprio modelo social é constituído por hierarquias, por esse motivo a formação dos indivíduos socialmente é atrelada como formas discriminatórias.

Como essas discriminações perpetuam-se ao longo do tempo se nem todos são homens/religiosos/hetéros/europeus/ricos? Por justamente esses indivíduos detentores dessas características estarem no topo da hierarquia, por isso possuem diversas formas de propagar suas discriminações até que se torne algo normativo ao ponto de os discriminados tornarem-se discriminadores. Nesse momento minhas reflexões entram em conflito, pois mesmo quem devia repudiar discriminações são discriminadores.

Um discriminador é menos culpado por sua ignorância? Fica este questionamento.

É evidente que as formulas de implantação e manutenção de discriminações é extremamente bem articulado pelos que estão no alto da hierarquia, pois são os detentores dos veículos de comunicação, das composições políticas do núcleo que forma o Estado, de grande parte do capital, entre outras das principais ocupações da sociedade.

Seguindo esse raciocínio discriminações não passam de construções com finalidade de implantar hierarquias.


O guri dos 17 reflete, propaga, constrói, desconstrói, discrimina, vive em busca do dito utópico.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A identidade dos 365 poemas.

 O que é identidade? Qual sua identidade? Sua identidade é sua? Sua identidade é de quem? Onde é sua identidade?

s.f. O que faz que uma coisa seja da mesma natureza que outra. / Conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa (nome, idade, sexo, estado civil, filiação etc.): verificar a identidade de alguém. // Identidade pessoal, consciência que alguém tem de si mesmo. / Matemática Igualdade (que se indica =) cujos dois membros tomam valores numéricos iguais para todo sistema de valores atribuídos às letras. (A identidade difere da equação, que só se verifica para certos valores atribuídos às letras.) // Bras. Carteira de identidade, cartão oficial com fotografia, nome, impressões digitais etc., do portador, o qual serve para sua identificação; em Port., bilhete de identidade. // Princípio de identidade, princípio fundamental da lógica tradicional, segundo o qual "uma coisa é idêntica a si mesma"

Eu diria que pessoas não são dotadas de identidade, mas de aptidão para agregar a si identidade de determinados locais. Ao decorrer da vida somos confrontados com diversas identidades, pelo caminho vamos agregando a nós, ou perpetuando-a conforme a relevância e interesses temporais. Posso estar totalmente errado, mas isso não importa, na verdade nada até agora desse texto importa, é apenas um pretexto para tocar em um assunto. Havia um tempo, recente de minha vida, que me situava em um espaço cercado por paredes, janelas, portas, portões, GRADES! Que saudade eu sinto desse lugar! Ou melhor, da identidade desse lugar, ou das identidades desse lugar, constituído de pessoas, de pessoas especiais, e como essa identidade era formada? Diria que por pessoas, mas é meio contraditório dizer que pessoas não possuem identidade e que as pessoas é que constituem as identidades, né? Eu também acho, deixa isso para outrora. Voltando ao lugar, ao magnífico lugar, nesse lugar havia/há pessoas que gostaria de destacar, mas neste momento em específico uma pessoa, um garoto franzinho, aparentemente despreocupado com os esteriótipos que a ele eram lançados, mas não havia esteriótipo capaz de defini-lo, nem de chegar próximo ao seu ser, volto a dizer, um garoto franzinho revolucionário, onde já se viu isso? Um guri disposto a mudar o mundo armado com flores, com flores de poema, poema de flores, rosas e perfumes, inacreditável, não? Se eu não tivesse tido o prazer de tê-lo conhecido não acreditaria nessa história. Esse rapaz me ensinou uma das coisas mais sábias que tive a oportunidade de agregar a mim, foram os simples e magníficos três pilares: amor, confiança e esperança. Essas 3 palavrinhas são a chave de tudo, faça tudo com elas, e elas faram tudo com você. Quando estiver perdido, lembre-se desses pilares, está bem meu amigo? Mesmo que não estiver bem... Lembre-se dos seus pilares, dos nossos pilares, dos nossos sonhos, dos nossos céus, das nossas estrelas, das nossas lembranças, dos nossos almoços ás alturas. O acadêmico de física que muita das vezes deu conselho ao de psicologia, que coisa não? Um grande abraço meu amigo, saudade lá pelas tantas, não se esqueça do lema, "mudando o mundo transformando pessoas", eu não me esqueço. Então como mudar a identidade das pessoas, na tese seria mudando o mundo, mas já que é um processo por que não podemos invertê-lo? Claro que podemos e iremos. Os 17 ainda são os mesmo, é obvio que não, nem mesmo o menino é o mesmo.