quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Era uma praça...

Quando se afasta das ruas, elas modificam-se. Hoje me assustei, quando visitei um local, onde havia uma movimentação esportiva interessante. Quando cheguei em uma praça frequentada antes por skatistas e adeptos de ‘esportes radicais’, fiquei surpreso, havia mais traficante do que banco, um pouco exagero, mas a cada dez metros, rolava uma movimentação de drogas intensa. E o pior, essa praça conhecida, localiza-se a menos de um km do centro da cidade e é rodeada por universidades federais e privada. A praça, chamada Universitária, era para ser a concentração de cultura, e sabedoria, onde teria o convívio e a troca de saberes entre estudantes. ERA, pois o que vi hoje não chega a ser nada disso. A praça estava dividida, em uma parte concentrava-se, como já dito, diversos traficantes, até mesmo um menino que aparentava ter no máximo 14 anos. Em outra parte, mais especificamente em um bar, reuniam-se diversos universitários, universitários esses, que financiam a movimentação criminal da praça, universitários estes que financiam a violência e os diversos crimes que são potencializados pela compra de drogas. E o pior é pensar que esses mesmos estudantes, há seis meses estavam fazendo manifestações contra a corrupção, e o que vocês são? Para mim, uns merdas, desculpe a palavra. E o que é ainda pior é pensar que esses mesmos estudantes poderiam ser a mudança da infeliz realidade que vivemos, que poderiam ser revolucionários. Quanto desperdício, pessoas como essas não mereciam estar em uma universidade, tendo o contato com o saber utilizando-o de forma tão inútil. Pegue toda a merda da sua bagagem acadêmica e jogue no lixo, porque ela não lhe serve para nada, tão pouco para a sociedade. A nitidez da desigualdade social é de entristecer, aqueles jovens perdidos na vida do crime, fornecendo a desgraça, e se auto desgraçando, enquanto aqueles outros, com um contato tão próximo de filósofos e diversos pensadores, com condições de modificar a sociedade, financiando a criminalidade. E a poucos metros dessa mesma movimentação, havia uma viatura policial estacionada, dai me pergunto, por que não houve abordagem ou averiguação do fato? O comércio foi liberado e eu não estou sabendo? Ou quem fornece essas merdas são pessoas do alto poder da nossa sociedade, e que faz com que seja permitido o ato? Fica o questionamento... Sinto uma imensa vergonha dos nossos queridos universitários, se um dia adentrar em uma dessas universidades, sentirei vergonha dos meus colegas, tendo apenas 17.

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