quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

E você, vive ou sobrevive?

(Antes de começar o texto, não sei se possuo leitores assíduos, mas de qualquer forma, tem certo tempo que não realizo uma postagem, devido a uma certa desmotivação e outros projetos. Em todo caso, aqui vai um texto rs.)
Hoje ao adentrar em minha página de uma rede social deparei-me com uma indagação interessante, que irei partilhar e será 'tema' do texto. A pergunta era a seguinte: "Mas por que é preciso desperdiçar a vida que a gente ganha trabalhando para ganhar vida ?". Confesso que ao ler tentei responder a mim, é uma daquelas perguntas que força a reflexão. Cheguei a seguinte conclusão, ou melhor, a outras indagações. O que é viver? Será mesmo que vivemos? Partindo dessas questões facilita o raciocínio. Viver de forma universal é o "simples" fato de ter vida, de ser um ser vivo, que realiza ações independente de quais sejam, de forma vulgar viver é respirar (rs). Mas passando para um lado mais filosófico, acredito que existe um viver individual, podendo ter semelhanças com outros 'viveres', creio que cada um tem alguma forma de se sentir vivo, que ao praticar determinado ato encontra a vida, normalmente atividades que geram satisfação ao indivíduo, não tendo essa obrigatoriedade. Acredito ainda com a ideia do 'viver filosófico', que muitos de nós não vivemos de fato, o que não havia de ser muito diferente, pois é um pouco complicado fazer eternamente e a todo o momento coisas que geram satisfação e traga a 'vida' propriamente dita. Mas o mais preocupante, é que existem pessoas que não possuem esses momentos, ou essas atividades que a façam com que ela esteja realmente viva, a vida além da respiração, mais próxima da satisfação. Deve ser por isso que em nossa sociedade existem pessoas que carregam consigo diversas frustrações e por esses motivos possuem comportamentos que dificulta a sociabilidade, e por essa forma de agir acaba que atraindo alguns conflitos e esses às vezes tem desfechos trágicos. Dessa forma, há indivíduos que não vivem e sim sobrevivem, pois podemos fazer essa separação, o viver neste caso seria a realização de atividades que fariam com que o individuo identificasse a vida, assim se auto identificando. E o sobreviver seria as ações que fizessem com que a pessoa continuasse 'respirando'. Com essa suposição faço algo que parece um tanto quanto estranho, mas que, com a reflexão diminui a estranheza. Viver não é respirar, respirar não é viver, respirar é sobreviver, viver de verdade é viver de acordo com suas vontades (quando se trata do meio coletivo é um pouco perigosos, mas levemos para o 'eu') e com o encontro daquilo que te faz sentir-se vivo. A minha resposta a indagação inicial é, na verdade quando "desperdiçamos a vida para ganhar a vida" não estamos vivendo, mas sobrevivendo, por esse motivo a vida pode tornar-se um pouco 'chata', pois realizamos ações que não gostaríamos para viver, o trabalho neste caso entra como uma exigência do sistema capitalista, que para sobreviver precisamos trabalhar e realmente assim perdemos nossa vida, mas que surge como uma obrigação daqueles que optam por viver em sociedade dentro desse sistema, há meios de fugas como o isolamento em determinado local, ou adaptação outras formas de viver, os hippies seria um pouco próximo disso (acho). De qualquer forma acredito que ao identificarmos o que nos faz sentir vivo devemos aproveitar, pois talvez seja o real sentido da vida, sentir-se vivo. Não podemos nos prender e deixar que nos prenda apenas no sobreviver, pois viver só sobrevivendo é um grande desperdício da vida. Com 17 não sei calcular o quanto vivi e o quanto sobrevivi, até mesmo porque é algo incalculável, sendo assim buscarei viver para que a proporção seja mais de vivida do que sobrevivida, e aconselho a vocês a fazerem o mesmo, de qualquer forma, é só um conselho. Prolongando um pouco mais, algo que pode ter ficado vago no texto, não é necessário perdemos a vida para viver (apesar de ser difícil acredito que alguns possam conseguir). E há possibilidade de o trabalho ser uma ponte para o “real sentido da vida”, desde que seja aquilo que faça com que o individuo sinta-se vivo.

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